A 31 de março foi publicado pela Casa das Letras um livro que promete deixar muitos portugueses inquietos. Com o nome "Diogo Alves, Serial Killer", escrito pelo jornalista Luís Pedro Cabral, este novo romance conta a história do primeiro serial killer português, o famoso assassino do Aqueduto das Águas Livres (sim, aquele que tem a alegada cabeça exposta no Instituto de Anatomia da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa).
Cruzando a realidade com a ficção, ao combinar alguns dados biográficos conhecidos do homem com a recriação daquilo que poderia ser a sua voz interior, o romance vem assim relembrar uma das personagens mais sinistras e conhecidas da História do País, que chocou a sociedade portuguesa do séc. XIX.
O leitor vai ficar a conhecer Diogo Alves, um homem vindo da Galiza que deixou de ser um aprendiz de cavalariça para se tornar num membro honorário da sociedade lisboeta, mas com um segredo que ninguém podia descobrir: a sua personalidade perturbada.
"Só Gertrudes Maria, mais conhecida por Parreirinha, detetou no fundo daqueles olhos azuis um enorme desejo de transgressão violenta. Seria mesmo na taberna dela, lá para os lados de Palhavã, que Diogo selaria o seu destino, ao cruzar‑se com um velho bêbado que, sem o saber, lhe abriria em definitivo as portas do crime e da perdição", lê-se na sinopse.
O que se sabe sobre os homicídios de Diogo Alves é que o homem abordava os desafortunados ao cair da noite, quando estes regressavam a casa, atirando as suas vítimas do topo dos 65 metros de altura do Aqueduto de Águas Livres, segundo a "Lisboa Secreta".
Ao todo, foram mais de 100 as vítimas que passaram pelas mãos de Diogo Alves, sobretudo lavadeiras e agricultores. No entanto, é impossível ter a certeza de quantas pessoas foram mortas, tendo tudo acontecido em apenas três anos, entre 1836 e 1839.
No ano seguinte, em 1840, o serial killer foi condenado à morte por enforcamento, tendo morrido em fevereiro de 1841. Agora, renasce em "Diogo Alves, Serial Killer", que já está disponível em todas as livrarias pelo custo de 15,93€.