Os jovens talentos estão prestes a chegar à RTP1 para a nova edição do "The Voice Kids", o programa de domingo à noite apresentado por Catarina Furtado, com estreia marcada para 8 de maio.
Há regressos esperados, como o de Catarina Furtado como apresentadora, e Fernando Daniel, Carlão e Carolina Deslandes como mentores. Mas, com a nova edição, chega também uma nova mentora: a cantora Bárbara Tinoco, que chegou a participar na edição regular do "The Voice Portugal", não tendo passado da fase das Provas Cegas. O "não" dos mentores não foi impeditivo, e a carreira da artista disparou pouco depois.
"Esta edição está imperdível. Está muito diferente da anterior, mas nada inferior", começou por dizer Catarina Furtado na conferência de imprensa de apresentação do programa, acrescentado que há até alguns reencontros, uma vez que os mentores se esforçam nas Provas Cegas por ter uma abordagem sempre positiva e de incentivo à evolução, mostrando que um "não" até pode ser o começo.
“Temos aqui reencontros com miúdas que não passaram, que ficaram pelo caminho antes. Há também muita entreajuda entre eles. Quem não passa depois está na plateia a apoiar os outros”, afirmou com satisfação a apresentadora.
"É um programa muito emotivo e positivo. Nós nunca beliscamos a dignidade deles e mostramos as emoções. Não temos medo delas. Eu passo a vida a chorar...e, desta vez, para além deles cantarem muito bem, temos mais miúdos – pré-adolescentes e adolescentes – com causas que querem defender, com recados para dar aos crescidos e que vêm apelar para alguma mudança de mentalidades", confessou Catarina Furtado.
Apesar de ser um programa de talentos e, por isso, não haver muito espaço para os concorrentes falarem de causas, a apresentadora garante que essa vontade é notória e há liberdade para que possam dizer o que pensam. "Eles não vêm à procura da fama, de serem reconhecidos pelo seu nome, vêm pela música que é o que os move e ajudam-nos a perceber que pode ser uma competição saudável."
Outra das grandes diferenças que Catarina Furtado destaca está no acesso à aprendizagem, que está mais universal e democrática. "Não posso deixar de homenagear as bandas filarmónicas e associações recreativas que dão acesso à aprendizagem de instrumentos. Há 10 anos os candidatos que vinham com esse domínio tinham mais recursos financeiros e, hoje em dia, isso já não acontece. É algo transversal e muito bonito de ver", assegurou.
Bárbara Tinoco é a nova mentora após breve participação no "The Voice Portugal"
O auge dos reencontros está na própria escolha da RTP1 em colocar Bárbara Tinoco (substituindo Marisa Liz) como mentora, numa tentativa de reforçar a ideia de que não são só os vencedores do programa que têm potencial. Há quem não vire cadeiras, como foi o caso da cantora em 2018, que não passou da fase das Provas Cegas, mas ainda assim teve sucesso na música.
"Sempre quis voltar neste papel. O 'The Voice' é o programa mais giro de talentos e foi onde eu nasci, por isso, é muito bom voltar como mentora. Tem sido uma descoberta e é difícil. Tanto a equipa de filmagens, como a Catarina e os outros mentores já me deram imensas dicas, entre elas virar sempre que sinta, sem ser pressionada por nada", partilhou Bárbara Tinoco, que garante que no "The Voice Kids" "não há críticas" e a única regra do formato é que os jovens participantes se divirtam muito.
"Os miúdos são todos bons e têm características especiais. Uns vão ser artistas, outros vão crescer e nem vão querer ser artistas e foi só uma experiência boa na vida deles. Eu não fiz nenhuma crítica. São crianças, têm um sonho e é suposto divertirem-se muito. Essa é a única regra”, defendeu.
Lembrando as gravações que já fez, Bárbara Tinoco acrescentou ainda que ser mentora não é fácil. "Há muitas decisões difíceis, pouco tempo e muitos miúdos. Temos de dizer adeus a muitos deles muito rápido e quase nem tivemos tempo de os conhecer. Às vezes até achamos que têm imenso potencial e que podiam ter passado."
Para Fernando Daniel, que está de regresso como mentor e admite estar um pouco mais exigente nesta edição, com crianças há que ter uma "sensibilidade acrescida". "É preciso encaminhá-las e mostrar que um não nem sempre é definitivo. O mundo dá voltas e este ano temos uma concorrente, que por acaso está na minha equipa, que passou às galas, mas que no ano passado nem sequer virou cadeiras. Isto dá voltas”, confessou.
Carolina Deslandes, que também está de volta como mentora, é da mesma opinião. "O desafio vai ser sempre o mesmo, que é começarmos com muitos miúdos e acabarmos com muito poucos, portanto essa exclusão obrigatória é sempre a parte mais desafiante. No entanto, acho que os miúdos estão muito conscientes que o programa acabar não é o fim de nada. É o início de muitas outras coisas e portanto há sempre aqui uma mensagem positiva que é sempre passada e que eu sinto que este ano está ainda mais presente."
Carlão, outro dos mentores, assegura que no "The Voice Kids" um não "é um ainda não, porque não é o fim de tudo e até pode ser o princípio". "Ninguém gosta de não passar à próxima fase, mas tentamos mostrar que um não, não quer dizer que não vai vingar”, sublinhou o cantor, acrescentando que esta edição do programa de talentos infantil terá muitas surpresas como "pessoas num corpo pequenino com uma voz gigante, timbres muito especiais, mas acima de tudo muito talento e muita vontade dos miúdos".
Fábio Lopes (Conguito) foi o escolhido para ser o repórter digital do formato e partilha do mesmo entusiasmo que os colegas. "Desde o primeiro dia que pisei o estúdio que eles foram super queridos. A Catarina deixou-me super à vontade e eu percebi que podia ser eu. Estou a dar o meu máximo e a aprender, porque sei que pode dar-me jeito em projetos futuros.”
O também radialista da "Mega Hits", que começou por ter sucesso enquanto criador de conteúdos na internet, reforça que está "eternamente grato" por esta oportunidade na televisão. "Na rádio parece que estou mais numa conversa entre amigos, na internet vemos os números, mas são só isso números, e agora no "The Voice Kids" vou estar ali para ajudar os miúdos a descontraírem. Deixa-me muito feliz poder alegrar as pessoas no domingo à noite."