O novo documentário de crime da Netflix continua a gerar discussão nas redes sociais de todos os países onde é emitido, e Joe Exotic, agora preso, não se queixa da popularidade. O antigo proprietário do parque repleto de tigres e leões está a cumprir uma pena de 22 anos depois de ter sido condenado por encomendar a morte de uma ativista pelos direitos dos animais.

Os contornos de uma história bizarra e alucinante estão expostos em "Tiger King: Morte, Caos e Loucura" e, sabe-se agora, Joe está contente com o facto de a história ser pública. E não se arrepende, nem por um minuto, de ter aceitado o convite dos realizadores para o acompanharem no dia a dia da gestão do parque.

"Ele sabe o quão popular se tornou. E todos os dias tem os guardas da prisão a mostrar-lhe todas as mensagens e os memes. Está a adorar o falatório e está contente de que a história esteja ao alcance de todos agora", revelou Dillon Passage, atual marido de Joe Exotic, à revista "Entertainment Tonight",

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No entanto, e durante a mesma entrevista, Dillon diz que tem algumas dúvidas quanto ao tipo de conteúdo que foi mostrado no documentário da Netflix — referindo-se ao quinto episódio que mostra como é que Travis Maldonado, na altura o terceiro marido de Joe, morreu.

"Sinto que muitas das coisas que foram mostradas não deveriam ter feito parte do documentário, como o que aconteceu com o Travis", adiantou. Em 2017, Travis Maldonado morreu por suicídio com um tiro na cabeça. O episódio em questão faz menção a esse momento, através de imagens captadas pelas câmaras de vigilância que registaram também a reação de um trabalhador do parque.

E continua, à mesma publicação: "Aquele foi o momento muito duro e pessoal para o Joe que, no documentário, foi usado de forma sensacionalista para aliciar ainda mais pessoas ao programa. Não acredito que seja justo para o Travis que, muito provavelmente, não queria que isto estivesse à vista de todos. Por isso mesmo, não disse ao Joe que esse momento fazia parte do documentário. Sei que vai ficar muito transtornado se souber, por isso é melhor que não saiba."

Apesar desse momento, que considera ser constrangedor e de mau tom, o atual marido de Joe Exotic diz ter "gostado muito" do documentário e que acredita que o produto final é "cerca de 93%" fiel à realidade.

 "[Os realizadores] foram muito honestos comigo desde o início. Disseram-me que queriam fazer um documentário sobre o que estava a acontecer no universo dos parques de grandes felinos e não sinto que se tenham aproveitado de mim."
Mas Passage não se incomoda que os realizadores tenham sido acusado de retratar a realidade, ao não confrontar Joe Exotic com o facto de saberem que ele não cantava em todas as suas canções ou de não mostrarem os seus comentários racistas que dizem ter presenciado.
"Talvez tenham ocultado alguns aspetos mais sensíveis da sua postura. Aqueles que talvez fizessem dele uma pessoa mais zangada e que estivesse sempre a gritar. Mas, de facto, o Joe é mesmo uma pessoa volátil e extrovertida que não tinha medo nenhum de partilhar a sua opinião. Esse lado, creio, mostraram-no bem", conclui.