O thriller sueco “Um Dia e Meio” fez a sua estreia há menos de um mês e está em primeiro lugar dos filmes em língua não inglesa mais vistos da Netflix. O filme, que tem como realizador e uma das personagens principais Fares Fares, conta a história de um pai, Artan (Alexej Manvelov) que aparece armado no trabalho da ex-mulher, Louise (Alma Pöysti), à procura da filha de ambos.
Quando percebe que a criança não está com a mãe, Artan leva Louise como refém numa intensa e emocionante viagem. Lukas (Fares Fares), um negociador de reféns da polícia que fica com o caso do ex-casal, acaba por também ele se tornar numa parte fulcral da história, quando fica com o casal até ao fim à procura da filha.
Os três percorrem o interior da Suécia, com Lukas a tentar solucionar o conflito entre o ex-casal. No entanto, ele próprio é obrigado a esclarecer situações na sua vida parecidas com aquelas que Artan e Louise tentam solucionar, depois de revelar que o filho mal fala com ele.
Para além de muito mistério e suspense, a longa-metragem é também inspirada num caso real, ainda que parcialmente. A história de “Um dia e Meio”, como Fares revelou à "Vogue" Escandinávia, surgiu de um artigo que o ator e realizador leu em 2008. “Era sobre um homem que entrou num consultório médico com uma arma e tentou forçar a sua ex-mulher a contar onde é que ela tinha deixado o filho. E a polícia chega e bem... Foram só algumas falas, muito curtas, mas eu vi uma história de amor”, explicou Fares.
O ator sueco-libanês comentou que o caso lhe despertou algum interesse sobre a psicologia e tentou enumerar algumas das razões que fazem com que as pessoas tenham atitudes extremas e descontroladas. Assim, “Um Dia e Meio” aborda a complexidade das relações humanas e as motivações que levam um individuo a cometer determinado crime.