
Fernando Valente, acusado da morte de Mónica Silva, em 2023, caso conhecido como “caso grávida da Murtosa", foi absolvido de todos os crimes de que estava a ser acusado. O tribunal de Aveiro considerou na manhã desta terça-feira, 8 de julho, que a morte da mulher "ficou por provar", não dando como "provado que houve um encontro entre Fernando Valente e Mónica Silva", segundo a CNN Portugal.
Ao que tudo indica, durante o julgamento, o arguido terá negado todas as acusações feitas, continuando a afirmar que se encontrava inocente. “Não sei o que se passou com a Mónica. Não sei absolutamente nada. Não lhe fiz absolutamente nada”, afirmou, citado pelo meio português.
O Ministério Público estava a acusar Fernando Valente de ter matado Mónica Silva, com quem namorava, e o feto, em outubro de 2023 na Torreira, em Murtosa, para evitar que lhe fosse reconhecida a paternidade.
Além disso, o MP afirma ainda que o arguido se terá desfeito do corpo da vítima nos dias seguintes, escondendo-o de tal forma que fizesse com que ainda hoje não tivesse sido descoberto. Desta maneira, foi pedida a condenação de Fernando Valente à pena máxima de 25 anos, mas sabe-se agora que o arguido foi então absolvido de todas as acusações por não existirem provas suficientes, nem da morte de Mónica Silva nem da paternidade de Fernando Valente, de acordo com o “Diário de Notícias”.
O homem estava a ser acusado dos crimes de homicídio qualificado, aborto, profanação de cadáver, acesso ilegítimo e aquisição de moeda falsa para ser posta em circulação. À saída do tribunal, a mãe e a tia de Mónica Silva, que sempre condenaram Fernando Valente pela morte de Mónica Silva, mostraram-se indignadas com a decisão da juíza. “É uma vergonha”, disseram. “A juíza não tem coração, não é mãe (...) A justiça está a favor dos assassinos. Eu estava convencida de que ele ia ser condenado. A juíza está a favor do assassino”.