
Dois reclusos portugueses de 37 e 44 anos escaparam da prisão de Alcoentre, Azambuja, na tarde de segunda-feira, 7 de julho, depois de terem utilizado lençóis de cama para descerem do estabelecimento. No entanto, Hélder Malheiro e Augusto Dinis, os fugitivos, foram capturados horas depois devido a uma denúncia feita por um cidadão. Ao que tudo indica, os dois estavam num restaurante a conviver.
A fuga do Estabelecimento Prisional de Alcoentre, denominada de prisão de alta segurança, deu-se às 18h20 de segunda-feira, como avançou o “Observador” por confirmação de Frederico Morais, dirigente do Sindicato Nacional da Guarda Prisional. De acordo com a sua declaração, os fugitivos subiram o muro do estabelecimento e “desceram-no como uma corda”, feita com os lençóis que estavam nos quartos. “Estava tudo programado”, acrescentou. Os reclusos fugiram da Ala B, pela zona onde as torres de vigia estavam desativadas devido à falta de guardas por causa da greve.
Contudo, Hélder Malheiro e Augusto Dinis apenas conseguiram estar 12 horas em fuga, uma vez que foram apanhados pela GNR esta terça-feira, 8 de julho, por volta das seis da manhã. Os militares do Posto Territorial de Aveiras foram quem os conseguiu apanhar depois de terem recebido uma denúncia pelas três da manhã, de acordo com o “Jornal de Notícias”, e os dois estavam nas proximidades da localidade de Espinheira, ainda em Alcoentre.
A apenas quatro quilómetros da prisão, Hélder Malheiro e Augusto Dinis encontravam-se no restaurante Primavera sozinhos, e a GNR terá dado com eles enquanto passavam pela zona à sua procura. “Encontrou-os por acaso. Estavam sozinhos, não resistiram, não fizeram qualquer resistência. Foram detidos e levados para o posto da GNR de Aveiras. Estamos a aguardar”, explicou Frederico Morais à TVI.
Numa nota enviada à comunicação social citada pelo “Observador”, a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais avançou que Hélder Malheiro e Augusto Dinis encontravam-se condenados pelos crimes de tráfico de droga e roubo em penas de 5 anos e 8 meses e de 4 anos e 9 meses. Um destes tinha sido transferido de Ponta Delgada, de onde já tinha tentado fugir.