
A mãe de uma menina de 6 anos e mais dois homens foram condenados a prisão perpétua por tráfico humano e mais 10 anos de prisão por rapto pela captura da criança, que continua sem ser vista desde fevereiro de 2024. O juíz considerou a mulher culpada por, alegadamente, ter vendido a menina na altura, e foi sentenciada esta quinta-feira, 29 de maio, juntamente com o namorado e com um amigo.
Tudo aconteceu na Baía de Saldanha, na África do Sul, quando as autoridades afirmaram que Racquel "Kelly" Smith possivelmente vendeu a filha, Joslin Smith, a um curandeiro local, segundo a “People”. Uma testemunha também afirmou em tribunal que a mulher lhe tinha confidenciado isso mesmo, de acordo com a BBC, e tudo porque o curandeiro queria a menina “pelos olhos e pela pele”. A testemunha também afirmou que Racquel Smith lhe ofereceu dinheiro em troca do seu silêncio.
A professora de Joslin Smith também testemunhou, dizendo que Kelly lhe tinha dito que a criança estava “num navio, dentro de um contentor, a caminho da África Ocidental”, explicando ainda que a menina era “muito asseada e silenciosa”. Os três arguidos negaram todas as acusações, continuando a dizer que nada tinham feito à menina. No entanto, o juiz Nathan Erasmus acabou mesmo por condenar a mulher e os dois homens a prisão perpétua por tráfico humano, além de uma pena adicional a cada um de 10 anos por rapto.
A criança, desde que desapareceu em fevereiro de 2024, altura em que tudo aconteceu, nunca mais foi vista. O juiz afirmou então que a mãe demonstrou "nenhum sinal de arrependimento" pelo desaparecimento da filha, e que não conseguia encontrar nada que justificasse “uma pena menor do que a mais severa” que poderia aplicar. A sentença surge assim mais de um ano após o desaparecimento da menina.