A um passo da última semana de jogo, Edmar Teixeira abandonou o "Big Brother - Duplo Impacto" após ter recebido o menor número de votos dos portugueses. Em conferência de imprensa, esta terça-feira, 23 de março, o ex-concorrente começou por referir que, nesta edição, conseguiu mostrar muito mais da sua personalidade. "No 'BB2020' eu estive em quarentena 18 dias, sem telemóvel, sem computar e obviamente fiquei maluco. Não podia dar 100%  de mim porque não estava bem para isso."

Em entrevista, o londrino alertou para o facto de em Portugal não se dar muita importância à saúde mental e referiu ainda que a quarentena que fez agora, antes de entrar nesta edição — sem câmaras a vigiar e com liberdade para aceder à Internet e a toda a informação que queria — fez toda a diferença.

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No "Big Brother - Duplo Impacto", Edmar entrou para tentar ganhar, mas confessa que não esperava chegar tão longe. Quanto aos comentários de uma possível paixão por Bruno Savate, Edmar refere que são apenas amigos. "Se o Bruno fosse gay eu já lhe tinha dito que não ia funcionar, mas gosto muito dele como pessoa. É um homem muito fixe e sem preconceitos, não há nada de mal que possa dizer dele, mas não estou apaixonado."

Dentro da casa, o ex-concorrente fez várias amizades e revela que algumas das pessoas que mais gostou de conhecer foram Jéssica, Joana, Sofia e Bernardina. O facto de não ter estado muito tempo no "BB2020" fez também com que não tivesse uma opinião formada sobre os restantes concorrentes, sentindo assim que estava a jogar como se fosse pela primeira vez. "Os problemas que já havia eram deles e não eram meus, por isso não fazia sentido comentar", realçou.

Edmar acredita que a comunidade gay tenha sido influenciada pelos comentários de Luís Borges

Em entrevista, refere que nesta edição mostrou ser uma pessoa feliz, e confessa que, apesar da participação no reality show anterior ter sido curta, houve muita gente a gostar dele enquanto concorrente. "Tive sempre muita gente a gostar de mim. A maioria das pessoas que falava mal de mim eram os gays, por causa do Luís Borges."

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O modelo chegou a referir várias vezes que cabia a Edmar o papel de travar alguns comentários homofóbicos, coisa que considerava que o ex-concorrente não fazia dentro da casa. "As pessoas começaram a pensar que eu era uma vergonha para os gays, mas vergonha não sou. Eu sou LGBT e sou muito bom LGBT, mas se não estava bom da cabeça não ia estar à porrada com o Hélder", acrescentou. Segundo o jovem londrino, o facto de não estar bem psicologicamente fez com que não conseguisse mostrar a sua verdadeira personalidade.

Questionado sobre se considera que o apoio da banda britânica Little Mix foi fulcral para chegar até esta etapa no reality show, Edmar refere que não. "O que ajudou foi a minha personalidade. Se tivesse entrado lá no momento em que o jogo começou, tenho a certeza de que podia ter chegado à final e até ter ganho aquilo. As Little Mix ajudaram-me a ficar feliz e contente e a perceber que está tudo bem lá fora também, mas nesse aspeto, não."

Quanto a objetivos futuros, Edmar pretende regressar a Londres e retomar o seu trabalho como gestor de eventos. Na opinião do ex-concorrente, Joana é uma das possíveis vencedoras desta edição devido à sua personalidade forte.

A final do "Big Brother - Duplo Impacto" acontece já este fim de semana e dentro da casa encontram-se ainda Noélia, Bruno Savate, Joana Albuquerque e Sofia Sousa.