A Madeira tem um novo projeto de campismo de luxo. Chama-se Vi Naturae Glamping e já está a aceitar reservas, mesmo a tempo das estações quentes. Composto por seis domos geodésicos, fica na Fajã da Ovelha, no concelho da Calheta, na zona oeste da ilha.
Este glamping (termo que aglomera as palavras "glamour" e "camping") fica mesmo no cimo de uma colina, a 600 metros de altitude, o mais perto do mar possível, com uma vista desobstruída. Aqui, poderá acampar com os luxos de um hotel — e uma piscina infinita aquecida onde chegam as nuvens.
Cada um dos seis domos tem uma cozinha equipada, com placa de indução, máquina de café e todos os utensílios necessários, sala de estar com televisão, sala de jantar, quarto, casa de banho com duche, wi-fi e uma varanda privada, com mesa e cadeiras, onde podem desfrutar do pequeno-almoço, sempre incluído no valor da estadia (e, em breve, de camas de rede).
O projeto familiar que abriu oficialmente a 17 de março oferece três tipologias, todas com cama de casal queen: três dos domos albergam até duas pessoas, um deles até três pessoas e dois deles albergam até quatro pessoas, sendo que estes com maior capacidade têm também sofás-cama.
Com um custo médio de 150€ por noite, o alojamento Vi Naturae Glamping ainda está a funcionar a meio gás. "Como nesta zona ainda não temos eletricidade suficiente para conseguir alimentar os seis domos, estamos a disponibilizar apenas três, alimentados por um investimento em painéis solares e baterias", explicou Leonel Gonçalves, sócio-gerente, à MAGG.
"A empresa de eletricidade da Madeira não dá previsões, mas, pela evolução que eu vejo, penso que está para breve", disse-nos, quanto à altura em que passarão a aceitar reservas para os seis domos. A procura "tem estado bastante boa", já que, "até ao final de maio" estão com "mais de 90% de ocupação".
E porquê "Vi Naturae Glamping"? "Significa 'força da natureza' em latim, e achámos que isso representa perfeitamente o nosso projeto, que tem como foco destacar a natureza em redor", justificou o responsável por este glamping madeirense, que começou a ser construído em 2019, mas cujas obras foram suspensas devido à pandemia e retomadas em novembro de 2020.
"A ideia surgiu de uma forma engraçada. Foi durante um jantar de aniversário de um amigo meu. Estava lá um casal que mencionou que tinha estado num glamping no Alentejo e que tinham adorado a experiência. Estavam tão entusiasmados a falar da estadia que fiquei bastante curioso", recorda Leonel Gonçalves.
Não tardou a visitar o local. "Adorei ficar nesses domos e percebi que isto seria um conceito bastante bom para fazer aqui na Madeira. Temos natureza, condições bastante boas para esse tipo de projeto, as nossas montanhas, com os trilhos a pé... Achei que tinha potencial. Quando tivemos a ideia, só havia um projeto de glamping cá", adianta à MAGG.
Quanto à escolha da zona para o projeto, tinham alguns critérios, tais como "ter uma boa vista, estar isolado, sem muitas casas à volta, estar perto dos trilhos". "Vimos este sítio e apaixonámo-nos pelo lugar e pela vista", admite, referindo a existência de praias a poucos minutos (como a do Calhau, a da Calheta, a do Paúl do Mar e a do Portinho) e as levadas que por ali passam.
O Vi Naturae Glamping está próximo de pontos turísticos como o teleférico das Achadas da Cruz, as piscinas naturais do Porto Moniz, a praia do Porto do Seixal e as grutas de São Vicente. Para quem não dispensa uma boa caminhada, sugerem a do Miradouro da Raposeira, a vereda da Atalaia, a levada nova da Calheta, a levada do Alecrim e a das 25 fontes.
Para o futuro, este glamping (que contém uma receção para efetuar o check-in) conta ter ténis de mesa, um bar de apoio e também servir refeições além do pequeno-almoço. "Pretendemos abranger mais, nem que seja umas tábuas de queijo ao final da tarde", afirma o responsável por este projeto à MAGG.