O mundo está quase a completar dois anos da pandemia que obrigou a implementar restrições para minimizar o impacto no número de mortes por COVID-19 e evitar a pressão nos serviços de saúde. Mas é tempo de baixar as guardas e são vários os países que já o fizeram: Dinamarca, Finlândia, Bélgica, Países Baixos, Suécia. A Dinamarca foi o primeiro da Europa a levantar (quase) todas as restrições e os restantes seguiram os mesmos passos.
Portugal prossegue, no entanto, com mais cautela (até porque não tem tantas restrições como os demais) e depois de ter levantado uma restrição a 7 de fevereiro — o fim da obrigatoriedade de teste negativo à COVID-19 para entrar em Portugal — as restantes medidas serão avaliadas esta quarta-feira, 16 de fevereiro, numa reunião no Infarmed, da qual deverá resultar uma "redução das restrições" que permitirá uma "transição da pandemia para a endemia", segundo o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, citado pela CNN Portugal.
Em cima da mesa está o fim das máscaras, da apresentação do certificado digital para aceder a restaurantes, hotéis, eventos com lugares marcados e ginásios, do limite de pessoas em espaços públicos e do consumo de bebidas alcoólicas na via pública, avança o jornal "Expresso".
Para já, ainda não sentimos o que é isso do "novo normal", mas é possível vivê-lo noutros países. E é para aí mesmo que seguimos viagem, com um hotel e uma experiência ou restaurante a visitar.
1. Dinamarca
Adeus às máscaras, adeus aos certificados e adeus às vacinas (com exceção dos viajantes não vacinados que chegam de países não-Schengen). Depois de ter sido o primeiro país do mundo a declarar o fim da guerra ao vírus, a Dinamarca anuncia agora intenção de deixar o programa de vacinação contra a COVID-19 a curto prazo por considerar que a elevada taxa de vacinação no país (80,9%) é suficiente. “O Conselho Nacional de Saúde acompanhará de perto a evolução da epidemia nas próximas semanas e esperamos poder anunciar as datas de encerramento do programa de vacinação no final de fevereiro”, diz um comunicado do governo citado pelo "Le Figaro".
Está então na altura de saber como é andar sem máscara num supermercado ou recorrer ao print do certificado digital para entrar num restaurante ou hotel — e começamos precisamente por este último. Já que Copenhaga é considerada a nova capital europeia mais cool, segundo a CNN Travel, escolhermos um alojamento à altura.
Chama-se CityHub Copenhagen e diz respeito a um hotel na capital que se divide em cápsulas cujas luzes e som são controladas através de uma aplicação e por bluetooth. A unidade tem ainda um bar no qual os hóspedes podem servir-se da própria cerveja ou cocktail, bem como zonas de coworking. Uma noite custa desde 53,19€.
Quanto a experiências, vá até ao Nørrebro, considerado também o bairro mais cool de Copenhaga, e explore o Nikolaj Kunsthal, uma galeria de arte moderna dentro da antiga igreja de São Nicolau, em especial a exposição "O Culto da Oxitocina", disponível até 8 de maio. A entrada na galeria custa 12,09€ (grátis à quarta-feira).
2. Finlândia
Depois da Dinamarca, a Finlândia. Mais um país a levantar todas as restrições, neste caso a 1 de fevereiro, e isso inclui o fim da apresentação de um certificado de vacinação ou de recuperação ou um teste PCR negativo para viajantes do Espaço Schengen e o alargamento do horário de encerramento de restaurantes das 18 horas para as 21 horas (e venda de álcool até às 20 horas).
Contudo, para entrar num hotel ainda poderá ser preciso apresentar certificado digital. Prepare-o para aceder aos luxos do Kakslauttanen Arctic Resort, unidade com iglôs de gelo perfeitos para ver as famosas auroras boreais no céu do Ártico no tempo que por aqui andam: até abril. Pode ter essa experiência também num trenó de neve desde 40€ por pessoa. Quanto ao alojamento num iglô de vidro ou combinado com madeira, ambos com cozinha equipada, ou numa suite de luxo num bangalow — todos com vista para a vida selvagem da Lapónia — fica desde 435€.
Quanto a experiências, não vamos sair do resort, uma vez que a oferta é vasta e imprescindível. Depois de observar as auroras boreais, vá diretamente para o spa para aquecer-se na sauna de fumo à beira rio, com capacidade para até 100 pessoas (atividade obrigatória numa visita ao país nórdico).
3. Bélgica
Em janeiro, a Bélgica deu a pandemia como controlada e anunciou o levantamento de uma série de restrições. Uma boa parte delas relacionada com lazer, o que vem mesmo a calhar. A 28 de janeiro voltou a ser permitida a presença de público nos estádios e nesse mesmo dia foram reabertos parques de diversões, jardins zoológicos, pistas de bowling, salões de jogos e salas de espetáculos com capacidade para até 200 pessoas. Quanto a restaurantes, já é possível comer calmamente até à meia noite (em vez das 23 horas).
Posto isto, instale-se primeiro no August, na Antuérpia. Apesar de referir agosto é um hotel para qualquer altura do ano, em particular numa em que estejamos a precisar de um reforço de tranquilidade. É que basta olhar para a unidade e sentimos o batimento cardíaco a desacelerar (tem quase o mesmo efeito que ouvir um vídeo de Asmar) devido à decoração minimalista de tons nude, à luz natural que entra subtilmente pelo quarto e as madeiras, incluindo as que servem de base a uma elegante banheira. Uma noite custa desde 209€ para duas pessoas, com pequeno-almoço incluído.
Aproveite a estadia para explorar Antuérpia e passar no bairro mais in, o Zuid (também chamado de "petit Paris"), e ir até ao Butchers Coffee para tomar um brunch à carta, com opções desde ovos turcos a panquecas de pêra caramelizada.
4. Países Baixos
Ainda não aconteceu, mas estão prestes a ser levantadas quase todas as restrições nos Países Baixos. É já a 18 de fevereiro, o que lhe dá tempo para planear a viagem. A partir desta data, deixa de ser necessário usar máscara ou manter o distanciamento social e os estádios, restaurantes (que podem estar abertos até à 1 hora) e cinemas podem abrir sem a maioria das medidas sanitárias impostas, segundo o ministro da Saúde, Ernst Kuipers, num comunicado citado pela "Europa Press".
Ainda que já se possa viver o "novo normal" nos Países Baixos, nas horas dedicadas apenas ao descanso sugerimos ficar nesta casa florestal com sauna a lenha e banheira de hidromassagem, em Overissel. É um refúgio de natureza, com tudo o que precisa para desfrutar dela com conforto: cozinha totalmente equipada, casa de banho completa e outra sem banheira, área de estar aberta com vista para a floresta, por onde andam os veados , esquilos e lebres que, com sorte, vê a passar. Existe ainda uma lareira no interior e espaço de trabalho com escrivaninha e Smart TV com Amazon e Netflix. A estadia custa desde 150€ por noite na plataforma Airbnb.
Para sair um pouco da casa, e aproveitando o facto de os espaços de lazer estarem de volta, aproveite para ir ao parque aventura Hellendoorn, na província de Overissel, com uma nova "batalha" para descobrir em 2022. A entrada custa desde 17,5o€.
5. Suécia
“Diria que esta pandemia terminou”, disse a ministra de Saúde, Lena Hallengren, numa conferência de imprensa no início de fevereiro. Segundo a ministra, "as piores consequências do contágio já ficaram para trás", por isso, as restrições foram levantadas a 9 de fevereiro. Entre elas está o fim da lotação máxima em recintos fechados (sem necessidade de certificado) e o alargamento do horário dos restaurantes, que também deixam de ter limite de pessoas por mesa.
Restrições fora e um "novo normal" para viver, incluindo o da experiência de ficar no Treehotel, em Harads. Trata-se de uma unidade de quatro estrelas camuflada entre árvores. Cada quarto parece um dos troncos, mas em vez de ser o pouso dos animais da floresta é um abrigo para hóspedes. Tal como no iglô da Finlândia, também aqui é possível ver as auroras boreais, de setembro a março, o que significa que já não tem muito tempo para reservar e levantar voo.
Existem várias tipologias, como a cabine, o ninho de pássaro (como que uma metáfora para o facto de queremos liberdade com o "novo normal", mas também a privacidade de um ninho) e o irreverente cubo espelho que se confunde com a paisagem. Uma noite custa a partir de 94,03€.
Uma vez em Harads, experimente um pouco de aventura na neve através da experiência da CreActive Adventure, como andar de mota na neve ou pescar no gelo.