Quer fazer uma escapadinha ao norte, mas ainda não encontrou um hotel que lhe encha as medidas? O Vila Foz Hotel & SPA, na Foz, no Porto, pode ser o sítio ideal, já que fica mesmo em frente à praia Homem do Leme, caso esteja calor e lhe apeteça dar uns mergulhos, e emana tranquilidade, para descansar da rotina agitada.

A MAGG foi conhecer o Vila Foz Hotel & SPA e ficámos rendidos à decoração, com foco nos tons esverdeados, aos cocktails servidos no bar e à comida do restaurante Vila Foz, desde o carabineiro, arroz tufado, caril e nabo à sobremesa de chocolate, caramelo, café e especiarias.

Neste hotel a meia-hora de Lisboa pode acordar com vista para o Atlântico e refrescar-se na piscina (e está com descontos)
Neste hotel a meia-hora de Lisboa pode acordar com vista para o Atlântico e refrescar-se na piscina (e está com descontos)
Ver artigo

O Vila Foz Hotel & SPA, aberto desde 2019, é um hotel de cinco estrelas com 68 quartos e suites que primam pelo conforto e que se destacam pela decoração e, alguns deles, pela vista deslumbrante sobre o mar. Além disso, “todos os quartos têm uma característica única”, conforme revelou à MAGG Susana Tavares, Chief Commercial Officer do hotel. Existem sete tipologias de quartos, nomeadamente onice room, onice sea view, manor house room, manor house ocean front room, manor house garden suite, manor house ocean front suite e vila foz suite.

O hotel dispõe de SPA, que está aberto das 9 horas às 20 horas, e inclui ginásio, piscina interior com luz natural, sauna e banho turco, e de uma sala destinada à realização de eventos, reuniões, conferências ou formações. Além disso, tem dois restaurantes, o Flor de Lis e o Vila Foz, ambos com a assinatura do chef Arnaldo Azevedo.

O restaurante Vila Foz recebeu a sua primeira estrela atribuída pelo Guia Michelin Espanha e Portugal em 2022 e renovou-a este ano. Com dois menus de degustação, o peixe e o marisco estão sempre presentes. O menu novo mundo é totalmente vegetariano e custa 120€ por pessoa.

O menu maresia, o que a MAGG experimentou, custa 170€ por pessoa e, como o nome indica, é inspirado no mar. Antes de iniciarmos a degustação, perguntaram-nos se queríamos saber quais os pratos que nos iam servir ou se preferíamos ser surpreendidos. Optámos pela segunda opção.

Começámos pelas saudações do chefe, das quais se destacaram as amêijoas. A apresentação dos pratos conquistou-nos logo desde o início, sendo que até a manteiga e as tostas foram originalmente servidas: em forma de vacas, e a manteiga fazia de lava em cima de um vulcão.

Seguiu-se lagostim, ajo blanco, pele de frango e dashi vegetal, lírio, gengibre e nage de mexilhão, ostra, aipo e raiz de cebola, carabineiro, arroz tufado, caril e nabo, linguado, gamba da costa, espargos e molho de legumes, e feijoada de lula e bivalves. Depois passámos para os pratos de carne, com arouquesa, tupinambo e chalotas, e pombo, beterraba, couve-lombarda e cogumelos.

Como sobremesas, serviram-nos a pepino e maçã verde e a chocolate, caramelo, café e especiarias que nos conquistou pelo algodão doce, a fazer-nos relembrar a infância. Para terminar, trouxeram-nos chá oolong, originário do Japão, e a surpresa final: numa mesa com um gira-discos, colocaram alguns petit fours, como lolipops de chocolate, num disco e este em cima de uma caixa. À caixa, tivemos de ligar uns fones. Assim, pudemos terminar a refeição a degustar os doces, enquanto bebíamos o chá e ouvíamos música relaxante, ideal para terminar a noite.

Para acompanhar a refeição, serviram-nos um cocktail ainda no bar do restaurante, de acordo com as nossas preferências. Pudemos escolher se queríamos com ou sem álcool, mais doce ou mais cítrico e informámos de que bebidas gostávamos. Ambos os cocktails que provámos eram sem álcool, sendo o primeiro com base de mirtilo e o segundo de morango.

O restaurante Vila Foz tem ainda a kitchen seat experience, que consiste num jantar para duas pessoas na mesa do bar, com vista direta sobre a cozinha. O chef vai contando histórias sobre todos os pratos, que são harmonizados com os melhores vinhos. Esta experiência custa 400€ por pessoa.

O restaurante Flor de Lis tem o menu de almoço, servido das 12h30 às 16 horas, em que como entradas pode optar por sopa de peixe ou salada de tomate, mozzarella e rúcula com molho pesto, como pratos principais pode escolher entre espetada de tamboril e camarão, risotto de pato e queijo da ilha ou estufado de lentilhas e legumes, e como sobremesa tiramisu ou seleção de frutas. O menu com dois pratos, ou seja, entrada e prato principal ou prato principal e sobremesa, e uma bebida fica por 21€ e o menu com três pratos fica por 24€.

Já o menu flor de lis é servido entre as 16h30 e as 22h30 e é à carta. Como entradas tem desde ovos rotos trufados (12€) a “taco” de salmão, abacate, “chilli” e alga nori (12€) ou tártaro de atum (15€). Já como prato de peixe, pode escolher entre vieira com risotto verde (24€) ou arroz de robalo e camarão (26€), e como prato de carne entre magret de pato acompanhado com puré de batata e espargos (23€) ou plumas de porco preto acompanhado com batata fórforo e esparregado (23€). Para terminar em grande, pode pedir para sobremesa mil folhas de fava tonka, baunilha e chocolate (8€) ou rabanada com creme de baunilha (8€).

Enquanto o restaurante Flor de Lis tem uma “cozinha contemporânea”, com “diversidade de pratos não só portugueses, mas também de outras zonas”, o Vila Foz é um “restaurante gastronómico”, onde trabalham “essencialmente com produtos de mar”, como peixes e mariscos, respeitando a sazonalidade. O menu nunca é totalmente mudado, mas alguns pratos podem sofrer alterações, conforme nos contou o chef Arnaldo Azevedo.

Para o chef, a estrela Michelin é “um sonho tornado realidade”. “A partir do momento em que somos galardoados com esse prémio, temos uma pressão maior, pelo facto do fluxo de clientela ser cada vez maior e mais exigente, com uma fasquia bastante alta, porque as pessoas que procuram este restaurante têm uma cultura gastronómica também um bocadinho acima da média”, disse.

“A experiência tem de ser a partir do momento em que entram por aquela porta até que saem. Não é só comida, não é só serviço, a experiência começa a partir do momento em que é abordado à entrada do restaurante até ao momento em que sai e leva uma lembrança. E essa lembrança tem de ficar”, afirmou.