Com o termómetro a rondar os 30 graus, sugerimos que faça as malas e siga rumo ao Alentejo. Castelo de Vide é paragem obrigatória em qualquer altura do ano, mas este fim de semana suplica pelo sossego e calma do sul e, claro, pela comida alentejana. Tudo isto com direito a entrada grátis num festival, que promete combinar música e história. Mas já lá vamos.
Aperte o cinto, de preferência, pela manhã, para evitar o calor, porque o roteiro desta semana fica por conta da MAGG – salvo seja. Para os mais distraídos, o nosso destino fica a uma hora de Estremoz (para sul pela IP2) e de Elvas (para sul pela N246).
A escadaria é longa, mas a vista compensa
Ainda antes de chegar a Castelo de Vide, sugerimos que comece a prestar atenção à sinalização (ou ao GPS, dependendo da preferência) e que siga o caminho indicado rumo a Senhora da Penha.
Depois, com a promessa de que a vista compensa a longa escadaria que está prestes a encontrar, com calçado confortável e uma garrafa de água à mão, resta subir até à Ermida da Nossa Senhora da Penha, que faz parte do património cultural do País. Aqui, é caso para dizer que a percurso é complicado, mas que a vista compensa todas as calorias perdidas.
Alerta, fotógrafos (e não só). Entre árvores sem fim, com vista privilegiada para os aglomerados de casas e planícies de Castelo de Vide, diríamos que é esta no sítio ideal para uma selfie e para uma fotografia panorâmica dignas de qualquer feed de Instagram.
A comer é que a gente se entende
Agora que já fizemos uma pausa para beber água junto à fonte da Senhora da Penha, petiscar alguma coisa no parque de merendas e recuperar o fôlego, seguimos viagem rumo ao centro de Castelo de Vide. Entre as ruas e ruelas repletas das típicas casas aglomeradas, o ambiente histórico da cidade faz-se sentir cada vez mais.
Ora, em pleno Alentejo, a gastronomia local é sempre a melhor opção e a panóplia de opções é vasta. Destacamos o restaurante "A Confraria", que prima pela decoração rústica, quase como se de um complemento do ambiente tradicional das ruas se tratasse. Para além do pratos típicos, como o gaspacho ou as migas de pão com entrecosto frito, o destaque vai para as sobremesas. E há um fidalgo que nos pisca o olho assim que visitamos a página de Instagram do restaurante.
Seguimos para o castelo de Castelo de Vide
Não, não nos enganámos. E sim, a repetição no título é intencional. Visitar Castelo de Vide e descartar uma visita ao castelo, propriamente dito, não é opção – a entrada é gratuita e a MAGG não podia deixar de o incluir no roteiro. Desta vez, a vista inverte-se e a Ermida da Senhora da Penha já não está aos nossos pés, mas sim à frente dos nossos olhos. No castelo, tem lugar cativo a paisagem da cidade. Mas não só. Seguindo pelas muralhas, depara-se com quem vive, efetivamente, rodeado por elas.
Um mergulho (ou dois) nunca fez mal a ninguém
Quando a temperatura sobe, as caminhadas pela zona histórica podem não ser a melhor opção. Mas Castelo de Vide conta com a solução perfeita para os dias em que o termómetro tenta (e fica pelo tentar) estragar os planos. Para refrescar as ideias, trabalhar para o bronze ou treinar os mergulhos dignos dos jogos olímpicos, sugerimos uma visita à piscina descoberta de Castelo de Vide, que reabriu no passado dia 26 de junho – sem descartar, claro, uma descida pelos escorregas. Tem até dia 12 de setembro para o fazer.
Silêncio, que se vai ouvir ópera!
Em Castelo de Vide, os planos continuam ao cair da noite. Desta vez, com direito a música ao vivo, na segunda edição do festival Sons com História. E o melhor de tudo? A entrada é grátis, mediante reserva prévia.
O festival arranca já esta sexta-feira, dia 27, na Igreja Matriz de Santa Maria da Devesa. Com as vozes do grupo ALMA Ensemble, a maestrina Filipa Palhares e André Ferreira no órgão encarregues da banda sonora da noite.
No sábado, dia 28 de agosto, mudamos de palco, mas a música não pára. Desta vez, o jardim municipal de Castelo de Vide é o palco eleito para a grande Gala de Ópera, em que vão ser interpretadas árias de obras como "A Flauta Mágica" ou "O Barbeiro de Sevilha". Na noite de sábado, 28, as vozes da soprano Rita Marques, do tenor João Rodrigues e do barítono André Henriques vão juntar-se à Orquestra Académica de Lisboa, dirigida maestro Tiago Oliveira.
À semelhança da última edição, no festival Sons com História, domingo será o último dia de festividades, que termina com a grande Missa Cantada, na Igreja Matriz de Santa Maria da Devesa, pelas 12h00 de dia 29 de agosto, onde a interpretação musical estará a cargo do grupo ALMA Ensemble.
Os bilhetes para os três eventos são gratuitos, mediante reserva prévia, face à medidas pandémicas. Devem ser reservados através do número de telefone 245 908 227 e, posteriormente, levantados no posto de turismo de Castelo de Vide.
"O festival Sons com História quer ser um palco para novos artistas e projetos e um instrumento para proporcionar o acesso livre e gratuito de todos os públicos à cultura musical erudita. Criado por Nuno Velez, o festival Sons com História conta com o apoio da Câmara Municipal de Castelo de Vide, cujo presidente, António Pita, apadrinhou a iniciativa desde o primeiro momento", lê-se no comunicado oficial do evento.