Boris Johnson pagou um jantar com a sua comitiva de 24 pessoas no valor de 4 mil libras (mais de 4.500€) com o cartão de crédito do Governo (ou seja, dinheiro dos contribuintes britânicos), enquanto era primeiro-ministro, avança o jornal online "Mirror".

O jantar realizou-se no dia 21 de setembro de 2021 na steak house Smith & Wollensky (onde o prato mais barato, peito de frango grelhado, sem qualquer acompanhamento, custa 27€) , em Nova Iorque, durante a participação de Boris Johnson na Assembleia Geral das Nações Unidas. O valor, por pessoa, foi de 178 libras (cerca de 200€). A refeição foi paga com o cartão de compras governamentais do Ministério das Relações Exteriores.

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“Os contribuintes pagam a conta pelos excessos dos últimos dois primeiros-ministros”, disse Angela Rayner, vice-líder do partido trabalhista. “Enquanto as famílias estão preocupadas a lutar para sobreviver, este desperdício de dinheiro público é obsceno”, acrescentou.

A vice-líder do partido da oposição mencionou Liz Truss, a sucessora de Boris Johnson, que foi sua secretária de Relações Exteriores apenas por uma semana, dizendo que esta “deve explicar porque o seu cartão de compras departamental foi utilizado para pagar” o “banquete às custas do povo britânico” e que deve “confessar o seu envolvimento”.

O ministério das Relações Exteriores admitiu sob interrogatório da procuradora-geral Emily Thornberry que o jantar “incluía álcool (aproximadamente uma bebida por pessoa)”.

David Rutley, ministro das Relações Exteriores, afirmou que “as despesas estavam sujeitas aos controlos normais do FCDO [Foreign, Commonwealth & Development Office] e ao uso apropriado do dinheiro público”. Acrescentou ainda que Boris Johnson reservou o jantar para o pacote de imprensa em viagem, que pagou a sua parte de volta.