Harry quer voltar a ter proteção policial 24 horas por dia, sempre que visitar o Reino Unido. E vai para tribunal para o conseguir. A notícia é avançada pelo "Daily Mail", que adianta que os advogados do príncipe já enviaram um "protocolo de pré-ação" ao ministério da Administração Interna britânico. Uma futura ação judicial terá como objetivo rever a decisão tomada há dois anos, que suspendeu a proteção policial aos duques de Sussex.

Um comunicado, feito em nome do príncipe, refere o facto de outras pessoas que deixaram cargos públicos continuarem a receber proteção policial. Um representante legal de Harry, citado pelo "Daily Mail", argumenta que o casal quer visitar o Reino Unido com os filhos, Archie, de 2 anos e Lilibet, de 7 meses, mas que se sente impedido de o fazer por ser "muito perigoso". No entanto, este comunicado deixa bem claro que o duque de Sussex se disponibiliza para pagar todas as despesas inerentes a esta proteção.

Ação judicial inédita na história da família real britânica

Harry e Meghan têm a sua própria equipa de segurança privada nos Estados Unidos, onde vivem desde março de 2o2o. No entanto, esses profissionais não têm jurisdição ou acesso a informação privilegiada aquando no Reino Unido, o que os impede de exercer a função de proteger adequadamente os duques e os filhos, argumentam os advogados dos Sussex. "Na ausência desta proteção, o príncipe Harry e a sua família veem-se impedidos de regressar a casa".

Os duques de Sussex deixaram de ser membros séniores da casa real britânica em janeiro de 2020. E foi nessa altura que um comité composto pela secretária de Estado para os Assuntos Internos, o chefe do departamento de proteção de membros da realeza da Polícia Metropolitana e oficiais do palácio decidiu que o casal já não podia ter proteção 24 horas por dia, uma vez que não estava a viver no Reino Unido nem a exercer funções oficiais.

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O assunto foi, de resto, abordado durante a entrevista do casal a Oprah Winfrey, em março passado. Harry disse que foi avisado com muito pouca antecedência destas mudanças e que o risco associado não tinha mudado mas sim as suas funções. "A minha família cortou-me o financiamento e tive de pagar a nossa própria segurança", explicou o príncipe.

A rainha Isabel II já tomou conhecimento desta intenção de ação legal, a primeira do género contra um governo de Sua Majestade. Uma nova avaliação de proteção policial permanente e paga pelos contribuintes poderá acontecer em breve, mas desta vez relacionada com o príncipe André. O filho da monarca vai responder perante a justiça no caso de alegados abusos sexuais e, na semana passada, perdeu todos os títulos militares e reais, deixando de ser tratado por "Sua Alteza Real". De acordo com o "Daily Mail", a proteção policial do príncipe André custa, por ano, 2,4 milhões de euros aos cofres públicos do Reino Unido.