Alguns animais, felizmente, entram e saem de abrigos e canis com tanta rapidez que faz com que os funcionários quase nem se lembrem dos seus nomes. No entanto, há sempre alguns que ficam durante mais algum tempo à espera de um lar, e Myka encontra-se nessa situação.
No Swift Current SPCA, no Canadá, a patuda já adulta, que é uma mistura de pit bull e terrier, está à espera que alguém a leve para um sítio mais acolhedor há mais de 300 dias. "Depois de um animal estar aqui durante um longo período de tempo, começa a ser esquecido", disse Amy Dixon, gestora de operações desta organização, ao site da cidade canadiana, "Swift Current". "No início, havia bastante interesse, mas nada que realmente se mantivesse."
Myka “é um dos raros casos que acaba por ficar”, explicou a gestora, que normalmente acontecem devido a questões comportamentais. No entanto, este não é o caso. A patuda é simpática, bem-educada e “sabe muitos truques”, convivendo bem com adultos e crianças. Mika "não veio do melhor lugar e estava extremamente abaixo do peso quando chegou ao abrigo", como escrevem numa publicação do Instagram, mas com o tempo foi melhorando e já se tornou parte da equipa, convivendo sempre que possível com os funcionários.
No entanto, Amy Dixon assume que a cadela “é bastante selectiva em relação aos cães”, existindo “alguns com os quais se dá muito bem e outros com os quais não se dá”. Ainda assim, a gestora acredita que com o treino certo, Mika conseguirá sentir-se acolhida por alguém. "Ela está apenas a ser negligenciada, não há razão para ela estar aqui tanto tempo", disse Dixon. "Sei que a pessoa certa anda por aí, só temos de a encontrar."
Apesar de em alguns casos estes abrigos preferirem transferir os animais para outro local para que exista a possibilidade de serem adotados mais depressa, os funcionários da Swift Current SPCA acreditam que Myka tem mais hipóteses de encontrar uma família com eles, e que, neste momento, é isso que são uns para os outros “Neste momento, sinto que somos a coisa mais próxima que ela teve da família e não quero traumatizá-la, abandonando-a noutra altura da sua vida", acrescentou.