A partir de fevereiro de 2024, vai ser proibido ter um cão da raça American bully XL em Inglaterra e no País de Gales. Esta raça canina junta-se a uma lista de espécies de cães banida nestes dois territórios. A partir de janeiro, quem detiver um animal desta raça só poderá passeá-lo em locais públicos com açaime e trela. Vender, abandonar, criar ou doar um animal desta raça torna-se proibido por lei em Inglaterra e no País de Gales.

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De acordo com a BBC, haverá um prazo prolongado até 31 de dezembro de 2o24, para garantir que os animais desta raça e com menos de um ano são castrados e lhes é colocado um microchip. Esta decisão acontece no seguimento de uma série de ataques levados a cabo por animais desta raça.

Em setembro de 2023, um homem morreu em Walsall na sequência de um alegado ataque de um American bully XL. Dias antes, uma criança de 11 anos e dois homens foram atacados por um cão desta raça em Birmingham. Em 2021, Jack Lis, de 10 anos, sofreu ferimentos graves no pescoço e na cabeça, também na sequência de um ataque de um cão desta raça. A mãe do menino tem encabeçado a petição para que esta raça seja banida.

Os American bully XL juntam-se a quatro raças de cães já banidas no Reino Unido: Pit Bull terrier, Tosa Inu, the Dogo Argentino e Fila Brasileiro. Esta medida não está, contudo, isenta de polémica. A Dog Control Coalition, que representa um conjunto de associações que cuidam e protegem cães, declarou à BBC que proibições de raças de animais não são eficientes e que o problema são os donos.

"O governo tem de combater a raiz do problema: os criadores sem escrúpulos que colocam o lucro em primeiro lugar, ao invés do bem estar dos animais, e os donos irresponsáveis, cujos cães são perigosos e impossíveis de controlar", afirma a Dog Control Coalition.