Pelas redes sociais não param de circular mensagens e reflexões depois do que aconteceu com George Floyd, que morreu a 25 de março por “asfixia por pressão continuada”, tal como diz a autópsia, quando um polícia lhe pressionava o pescoço e as costas.

Mensagens, vídeos, textos longos e mais curtos, vindos de anónimos e figuras públicas. Nas redes sociais o movimento é mundial e agora surge mais um com o objetivo de fazer "mute", ou seja, silenciar todos os que não são negros, de forma a amplificar a voz destes mesmos.

O movimento, que acontece entre 1 e 7 de junho, surge através da hashtag #amplifymelanatedvoices e foi criado por Alishia McCulloughJessica Wilson.

O momento emocionante em que o chefe da polícia de Minneapolis pede desculpa ao irmão de George Floyd
O momento emocionante em que o chefe da polícia de Minneapolis pede desculpa ao irmão de George Floyd
Ver artigo

"Olhe para os criadores de conteúdo brancos que admira nas redes sociais, eles provavelmente têm milhares/milhões de seguidores e recomendações. Enquanto isso, relatos de pessoas negras e mulatas são denunciados e alvo de trolls, enquanto o seu trabalho é roubado e transformado por esses nomes importantes nas redes sociais", começa por explicar Jessica, uma das autoras da iniciativa.

"Já é hora de centrar as vozes e narrativas dos negros e mulatos. É hora de sermos pagos pelo nosso trabalho e receber o devido crédito pelo nosso conteúdo. Precisamos de diminuir o volume daqueles que lucram com as nossas experiências e começar a ouvir pessoas marginalizadas. Não podemos permitir que pessoas privilegiadas continuem a expandir o seu capital social e lucros enquanto oprimem os outros. Desafiamos-te a amplificar as melaneted voyces [expressão usada para se referirem à voz de pessoas com extra melanina na pele] esta semana e a silenciar a narrativa branca", conclui Jessica na publicação que faz uma análise da forma como pessoas negras são tratadas nas redes sociais.

Esta é uma forma de expressão mais pacífica do que os protestos que estão acontecer nos Estados Unidos depois de George Floyd, de 46 anos, ter sido alegadamente asfixiado por um agente que colocou o joelho em cima da sua garganta durante pelo menos cinco minutos. O afroamericano acabou por morrer mais tarde no hospital, mas as imagens do momento ficaram gravadas e estão a revoltar o mundo.

Ana Garcia Martins, conhecida como A Pipoca Mais DoceJéssica Athayde, Catarina MiraInês Aires Pereira e Madalena Abecasis, são algumas das celebridades e influenciadoras portuguesas que já aderiram ao movimento.