Esta não é uma segunda-feira qualquer. É a "Blue Monday", considerada o dia mais triste do ano (que ainda agora começou). O que explica este rótulo? É algo parecido como a Black Friday ou a Cyber Monday? E porquê a 15 de janeiro? Fomos descobrir esta origem.
Na verdade, o dia mais deprimente do ano calha na terceira segunda-feira de janeiro. A escolha deste dia da semana não é muito surpreendente, já que costuma ser o dia mais odiado. Quanto à altura do mês, é por estar frio, mas também por já ter passado algum tempo desde o Natal.
O fim da época das festas, caraterizada, entre outras coisas, por um gasto grande de dinheiro, contribui para este sentimento de melancolia. Outra das justificações é o facto de já existir muita gente nesta quinzena a martirizar-se por não estar a cumprir com as resoluções de Ano Novo ou por já estar a desmotivar, aponta o "The Independent".
O conceito "Blue Monday" foi concebido em 2004 pelo psicólogo Cliff Arnall, que criou uma fórmula para explicar esta tristeza, a pedido da agência de viagens Sky Travel, que pretendia promover uma campanha de inverno. O psicólogo considerou fatores como o tempo, a dívida, o tempo desde o Natal, os níveis motivacionais baixos e há quanto tempo falhavam as resoluções.
"Pediram-me para definir o dia que achava melhor para marcar as férias de verão", disse ao "The Daily Telegraph", em 2013, sobre a iniciativa da empresa inglesa. Assim, há anos que não só as agências de viagens, mas muitas outras marcas de outros âmbitos, tiram proveito deste dia para lançar campanhas promocionais.
O mundo do marketing e das relações públicas joga, então, com esta tristeza por parte dos consumidores, que estarão mais vulneráveis. Os estímulos, como a publicidade, são transmitidos ao longo deste dia, na tentativa de as empresas conseguirem capitalizar.