Quatro portugueses de Rabo de Peixe, Açores, com idades compreendidas entre os 22 e os 32 anos, foram detidos em Pawtucket, no estado de Rhode Island, EUA, pela morte de um bebé de 1 ano no domingo, 11 de fevereiro. A notícia foi dada na quarta-feira, dia 14, pelo o site norte-americano “ABC6”, que avançou que as autoridades encontraram o bebé inanimado no apartamento onde os suspeitos moravam.
Sabe-se agora que Santiago, de apenas 17 meses, foi espancado e afogado pelo próprio pai, João Resendes, de 25 anos, que depois mandou uma mensagem à mãe da criança, Carolina Ledo, 22, de quem se encontrava separado.
“O teu filho está morto, não digas a ninguém”, escreveu, apurou a CMTV. Segundo a polícia que se encontrava no local e os familiares do pai da criança, residentes nos Açores, João Resendes ficou com Santiago durante o fim de semana em que ocorreu o homicídio, na casa onde já tinha vivido com a ex-companheira, de acordo com o mesmo meio de comunicação.
Na manhã de domingo, 11, Carolina Ledo estava numa lavandaria com a irmã, Daniela Ledo, de 25 anos, e com uma cunhada, Carla Sousa, 32, quando recebeu a mensagem de João Resendes. A jovem foi para casa e alertou as autoridades, depois de perceber que Santiago não respirava, e assim que a polícia local chegou os quatro portugueses foram detidos.
O bebé foi encontrado com “vários hematomas significativos no rosto”, segundo o site norte-americano “ABC6”, e foi transportado de imediato para o hospital Hasbro Children’s Hospital. No entanto, acabou por morrer. As autoridades informaram, na altura, que as três mulheres e o homem foram levados para a esquadra para responderem a perguntas.
Na segunda-feira, 12 de fevereiro, Carolina, Daniela e Carla foram ouvidas em tribunal e acabaram por ser libertadas, mas foram as três acusadas de negligência, por terem exposto o menor a este perigo, segundo a CMTV.
João Resendes está indiciado por um crime de homicídio, três de abuso sexual de menores e outro de exposição de menor ao perigo, de acordo com o "CM". Foi ouvido na quarta-feira, 14, e arrisca prisão perpétua. João é acusado por familiares da ex-companheira de ter fugido para os EUA, onde estava ilegal, devido a um processo de maus-tratos sobre outra filha, com 7 anos, a quem terá partido um braço, apurou o meio de comunicação português.
A sua caução foi fixada nos 100 mil dólares (cerca de 93 mil euros), e foi ordenado a entregar o seu passaporte e a assinar uma renúncia à extradição para Portugal. A sua próxima ida ao tribunal será no dia 20 de maio, para uma conferência pré-julgamento no Tribunal Superior.