A venda só começa oficialmente a 26 de fevereiro, mas a corrida ao festival Burning Man é tão grande que muitos não aguardaram pelo anúncio oficial de abertura da bilheteira. Este festival acontece todos os anos no deserto de Nevada, em Black Rock City, e durante uma semana celebra a arte através de exposições, música e performances artísticas.
Como muitos dos festivaleiros não queriam falhar mais uma edição do Burning Man, assim que viram bilhetes a um preço mais baixo do que habitual, decidiram agarrar a oportunidade.
O problema é que estes bilhetes à venda desde o final do mês de janeiro são falsos e os 225 dólares (cerca de 208€), valor duas vezes inferior ao preço mais barato dos ingressos originais do festival, foram investidos em vão. O alerta foi dado pela multinacional de cibersegurança Kaspersky, que apercebeu-se da existência de um website de phishing dedicado à venda de bilhetes falsos para o Burning Man.
O objetivo dos hackers seria obter dados confidenciais dos utilizadores, para conseguir aceder às contas financeiras de quem caísse na armadilha. E não era assim tão difícil. Isto porque a réplica do site falso era tão semelhante à página original, que seria pouco provável alguém dar conta da falsificação.
Contudo, os especialistas da Kaspersky andam atentos e este não foi o primeiro ataque do género que detetaram. De acordo com um relatório com dados sobre o último trimestre de 2019, a maioria dos ataques de phishing (52,61%) usaram o mesmo método, um site falso, para conseguir aceder a dados de contas bancárias e lojas online.
"Recomendamos a todos os que este ano contam participar no Burning Man que verifiquem várias vezes se o website da compra dos bilhetes é o oficial”, refere Tatiana Sidorina, especialista de segurança da Kaspersky, em comunicado de imprensa.
Para proteger-se de ataques semelhantes, quer compre um bilhete para o festival Burning Man ou para outro dos que já estão a marcar as agendas deste verão, a empresa de segurança online deixa alguns conselhos.