A pandemia da COVID-19 parece não dar tréguas. Depois de ter contaminado milhares na China, a infeção respiratória voltou-se para a Europa, que é agora o centro da pandemia.

Agora, mais do que Espanha ou Itália, são os Estados Unidos que geram uma preocupação crescente. O número de infetados já ultrapassou a barreira dos 80 mil e já existem mais casos nesta região do que em qualquer outro país no mundo.

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Mas pode haver uma esperança de que o novo coronavírus dê tréguas com a chegada das temperaturas altas. Este coronavírus, como outros vírus respiratórios, reduzem geralmente a sua transmissão nas épocas de maior calor. Foi o que se passou com a epidemia SARS em 2002-2003 e é de esperar que a história se repita desta vez. 

Existem cinco razões pelas quais poderá haver esperança numa redução de transmissão do vírus quando os dias de mais calor chegarem, de acordo com especialistas citados pelo jornal online “El Español”.

  1. A temperatura elevada reduz a estabilidade viral em superfícies de contacto. Estima-se que o verão não ultrapasse as quatro horas. Ou seja, ao contrário do que acontece com o tempo mais frio, em que o vírus pode aguentar ativo durante dois a três dias em determinadas superfícies, com temperaturas altas o novo coronavírus pode morrer ao fim de poucas horas.
  2. Os raios ultravioleta do sol inativam o vírus e os dias longos atuam como antisséticos. Isto significa que a força do sol, e o facto de haver sol durante mais horas, ajudam a que o vírus deixe de estar ativo.
  3. A ausência de frio reduz o risco de faringites e infeções do trato respiratório. Pelo contrário, no inverno as infeções por vírus respiratórios são mais generalizadas;
  4. Passar mais tempo em espaços fechados quando está frio, com uma maior proximidade entre as pessoas, favorece também a transmissão do vírus; É expectável que com a chegada do calor, e o fim do estado de emergência, as pessoas andem mais ao ar livre, e menos por superfícies fechadas, como shoppings, que potenciam mais a transmissão viral.
  5. A exposição massiva ao novo coronavírus nesta estação fria deixa apenas uma população residual suscetível de apanhar a infeção a partir da primavera.