2025 vai apenas com quatro meses completos e já está a superar os anos anteriores no que toca a infeções de vírus nos cruzeiros. Ao que tudo indica, uma sequência constante de casos contagiosos tem deixado não só passageiros como também membros da tripulação dos navios bastante doentes, tendo sido até emitido um alerta, segundo o “Daily Mail” e o “USA Today”. Pelos registos, trata-se de norovírus. 

De acordo com os dados, este ano já foram identificados 16 surtos (não pessoas infetadas), sendo que, em 2024, foram registados 18 durante o ano inteiro e em 2023 foram apenas 14. Isto significa que, muito possivelmente, os números de 2025 vão ultrapassar os anos anteriores, isto se todos os cruzeiros cumprirem com o critério do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) para notificação pública. O mais recente surto, segundo o “USA Today”, ocorreu a bordo do Eurodam, da Holland America Line, onde mais de 60 passageiros contraíram o norovírus. 

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Mas, afinal, o que é o norovírus? Este é um vírus que causa infecção gastrointestinal, chamada também de gastroenterite viral, com sintomas como diarreia intensa seguida de vómitos e, muitas vezes, febre, de acordo com o site “Tua Saúde”. Os infetados também podem sentir dores abdominais e cólicas intestinais, sendo que não estão descartadas as dores de cabeça, as dores musculares e um mal estar geral. Além disso, também pode acontecer uma certa desidratação, que inclui a boca e garganta secas, tonturas e fadiga.

“O número recente de surtos em navios de cruzeiro tem sido superior ao registado nos anos anteriores à pandemia, mas ainda não sabemos se isto representa uma nova tendência. No entanto, os dados mostram que uma nova estirpe dominante está atualmente associada aos surtos de norovírus em terra, e os navios tendem a seguir o padrão dos surtos em terra”, afirmou o CDC ao jornal. Isto faz com que o norovírus se torne mais contagioso em cruzeiros devido a uma combinação de várias condições ambientais, nomeadamente por serem sítios fechados e conterem um grande número de pessoas. 

Desta maneira, o vírus consegue passar rapidamente de pessoa para pessoa, uma vez que as instalações partilhadas não ajudam na recuperação. Como esta é uma estirpe que sobrevive nas superfícies durante vários dias, os passageiros de cruzeiros acabam, assim, por estar muito mais propícios a ficarem infetados. Além disso, o vírus, segundo o “Daily Mail”, consegue propagar-se ainda antes de fazer surgir sintomas, o que faz com que os indivíduos contaminem ambientes e outras pessoas sem o saberem.