A Direção-Geral da Saúde (DGS) recomendou aos profissionais de saúde que informem as grávidas sobre a transmissão do parvovírus B19, que pode levar à morte dos fetos até às 20 semanas de gestação, devido a “um aumento do número de internamentos e episódios de urgência”.
“Estima-se que 30-40% das mulheres grávidas podem ser suscetíveis à infeção. A infeção nas primeiras 20 semanas de gestação pode conduzir a resultados adversos graves para o feto, como anemia, hidropisia fetal e morte intrauterina, em até 10% dos casos”, alerta a DGS, citada pelo “Correio da Manhã”.
O parvovírus B19 provoca eritema infecioso, também conhecido por “quinta doença” e “doença da bofetada”. Este afeta sobretudo as crianças entre os 5 e os 7 anos, normalmente causa erupções cutâneas, febre baixa e um mal-estar ligeiro e a propagação é feita por via aérea. O período de incubação é de 4 a 14 dias e, para evitar o contágio, deve-se lavar frequentemente as mãos, especialmente antes de comer e depois de ter tocado em objetos contaminados, além da higienização adequada, segundo o SNS.
As grávidas deverão ser incentivadas a precaver-se de forma a evitar a disseminação do parvovírus B19, nomeadamente quando estiverem em contacto com familiares em idade escolar e no contexto laboral.
Nas consultas de vigilância de gravidez e não só, os profissionais de saúde devem questionar a grávida relativamente à exposição a um caso de infeção, enquanto nas consultas de saúde infantil e juvenil, se houver infeção por parvovírus B19, devem perguntar se houve algum contacto recente com outras grávidas.