É possível que as vacinas que estão a ser desenvolvidas para combater o novo coronavírus só cheguem à população na segunda metade de 2021, avançou o responsável pelo programa de Emergências Sanitárias da Organização Mundial de Saúde. Michael Ryan explicou ainda que existem “sinais de esperança” nos testes clínicos que estão a ser feitos, mas que é preciso uma dose de realismo.

Estas declarações foram feitas esta quarta-feira, 22 de julho, durante uma sessão de perguntas e respostas. Ryan referiu ser preciso um “realismo nas expectativas” em relação à vacina que está a ser desenvolvida e que é preciso garantir “todas as precauções” para se certificar que a mesma é segura.

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“De forma realista, não teremos pessoas a serem vacinadas até à segunda metade do próximo ano”, revelou. “Adoraria poder dizer que vamos ter uma vacina e em dois ou três meses este vírus desaparecerá, mas isso não é realista”. Michael Ryan falou sobre o assunto numa altura em que várias vacinas avançam agora para a última fase da investigação que é serem experimentadas em humanos. Até ao momento, a OMS explica que meia dezena de vacinas “não fracassaram até agora” e que cumpriram os requisitos de segurança e de criação de reposta imunitária.

Apesar de pedir realismo e afirmar que só para o próximo ano é que vão estar disponíveis as vacinas para combater a pandemia, o responsável pelo programa de Emergências Sanitárias da OMS diz haver sinais de esperança.

“É importante fazermos o que pudermos agora. É mais fácil vencer um adversário se já o tivermos cansado”, referiu. “Estamos a ver sinais de esperança. Mas em vacinas, por mais depressa que nos esforcemos para as ter, teremos que garantir que são seguras eficazes e isso levará tempo. Estamos a acelerar mas não vamos facilitar no que toca à segurança”.

Em todo o mundo a COVID-19 já infetou mais de 15 milhões de pessoas, sendo que os Estados Unidos da América continuam a ser o país mais afetado. Em Portugal, e segundo o relatório mais recente da Direção-Geral da Saúde, o número de infetados já ultrapassou os 49 mil.