O resto de 2020 não se adivinha fácil para os portugueses. Depois de o País ser uma das dezenas de nações mundiais afetadas pelo novo coronavírus, Portugal passou por vários estados de emergência, situações de calamidade pública e só recentemente começou a entrar em fase de desconfinamento, com vários setores de atividade ainda encerrados. Os bares e discotecas, por exemplo, continuam de portas fechadas numa época do ano em que o negócio costuma ser forte, o que só trará consequências negativas para quem atua neste setor, principalmente de um ponto de vista financeiro.

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Mas há mais más notícias: para além de muitos portugueses terem passado por fases de lay-off ou terem sido obrigados a pedir assistência à família devido ao encerramento das escolas — o que se traduziu em cortes no ordenado mensal — existem também aqueles para quem a chegada da COVID-19 a Portugal foi sinónimo de desemprego. Não foram poucas as empresas que dispensaram funcionário com o início da pandemia, tendência que não parece abrandar.

De acordo com dados do Programa de Estabilização Económica e Financeira, publicados em Diário da República, o governo português prevê uma subida de 9,6 por cento do desemprego nos meses que faltam para acabar o ano de 2020. Esta é uma subida bastante significativa, fazendo a comparação com 2019 — no ano passado, a percentagem de desempregados em Portugal era de 6,5 por cento. Também o Produto Interno Bruto (PIB) sofreu um golpe, com o governo a prever uma queda de 6,9 por cento.

No entanto, o cenário pode melhorar em 2021, com a previsão de que o próximo ano registe níveis de atividade económica semelhantes aos de antes da pandemia, em grande parte dos setores da economia. O turismo será exceção, dado que esta foi uma das áreas mais afetadas pela conjuntura atual. Os efeitos da pandemia mundial devem continuar a ser sentidos neste setor, dado que muitas pessoas ainda se sentem inseguras para viajar, principalmente para fora dos seus países de residência.