Um rapaz de 26 anos foi detido pela Polícia Judiciária e é o único suspeito do crime que está a chocar o Algarve. Na passada quinta-feira, 27 de junho, de manhã, Diogo Zorrinho terá assassinado à facada o proprietário do café que ele explorava, em Albufeira. O homem, Joaquim Braz, 77 anos, terá ido ao local para resolver um problema de rendas em atraso, o que terá levado a uma discussão com Diogo, que terminou da pior forma.

Em causa nesta história está a exploração da pastelaria Natas e Natinhas, na Avenida da Liberdade, em Albufeira. Diogo Zorrinho arrendou o espaço a Joaquim Braz mas nos últimos meses não teria pago a renda. O estabelecimento tinha estado mesmo encerrado na terça, 25, e quarta, 26 de junho. Na quinta-feira de manhã continuava fechado, mas Joaquim Braz terá ido ao local falar com Diogo Zorrinho, para perceber se a situação ia ser regularizada. E desde essa manhã nunca mais foi visto. O seu telemóvel foi desligado e Joaquim desapareceu, revela o "Correio da Manhã".

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Nessa mesma tarde de quinta-feira, o filho de Joaquim Braz ligou para a polícia para dar conta da situação. Não era normal o pai falhar alguns compromissos que tinha marcado, nem ter o telemóvel desligado tanto tempo. Mas só na sexta-feira, passadas mais de 24 horas do desaparecimento, a Polícia iniciou buscas e uma investigação para tentar entender o que se teria passado. Sábado de manhã, uma equipa de inspetores da PJ de Faro foi ao estabelecimento comercial e encontrou o corpo de Joaquim, já num avançado estado de decomposição, dentro de uma despensa, com ferimentos de faca nas costas. A divisão estava trancada à chave e foi preciso arrombar a porta. Todo o espaço bem como a pastelaria estavam perfeitamente limpos e foram encontrados enormes sacos de plástico pretos, o que indicia que o suspeito do crime não só procurou ocultar as provas do crime, e os vestígios de sangue, como se preparava para transportar e despejar-se do corpo.

Diogo Zorrinho acabou por ser detido como único suspeito do crime. Por encontrar continua a arma do crime, presumivelmente uma faca.

Nas suas redes sociais, Diogo partilhava várias fotos da sua transformação corporal, resultante dos treinos no ginásio. E as fotos eram normalmente comentadas por um personal trainer que o deveria acompanhar na tal transformação física, muito visível quando comparada com imagens recentes. De acordo com o "Correio da Manhã", na base da falência do negócio da pastelaria estará o facto de Diogo consumir drogas.