Foram realizados três concertos na Alemanha com mais de duas mil pessoas para testar um modelo para este tipo de eventos no contexto da pandemia. Os mini-concertos aconteceram na cidade de Leipzig, inseridos num estudo da Universidade de Halle, com diferentes variáveis: menos e mais público, menor ou maior distanciamento entre os espectadores, para além de diferentes medidas de higiene.
Nestas simulações, participaram apenas pessoas jovens e saudáveis, e com resultados negativos para o novo coronavírus, avança a agência noticiosa France Presse, tal como escreve o "Expresso". Os voluntários mediram a temperatura à entrada dos concertos, usaram máscaras com filtros de partículas, bem como um dispositivo para monitorizar os seus movimentos e contactos.
Os desinfetantes florescentes utilizados permitiram registar as superfícies que eram mais tocadas pelas mãos dos participantes do estudo, sendo que os investigadores também mediram a trajetória dos aerossóis projetados pelos voluntários, partículas que, segundo os especialistas, desempenham um papel importante na contaminação.
O objetivo final é que, com os dados recolhidos, os especialistas consigam desenvolver um modelo matemático que avalie os riscos de contágio da COVID-19 numa sala de concertos. "Este projeto deve lançar as bases para o retomar do sector do entretenimento, que é particularmente afetado pelas medidas restritivas que tiveram de ser tomadas devido à pandemia de covid-19", explicou o ministro da Ciência do Estado da Saxónia, a uma televisão local, tal como explica a Agência Lusa, citada pelo "Expresso".