Tal como várias famílias do Reino Unido, também Paul e Sarah Jones decidiram tirar uns dias e aproveitar umas férias em Portugal. Viajaram do País de Gales, com os dois filhos, mas um deles adoeceu gravemente durante a estadia no Algarve. Theo, de dois anos, é agora incapaz de falar, andar, sentar-se ou comer sozinho.
O “Wales Online”, dá conta de que o rapaz se encontra internado em Faro, onde está a ser acompanhado por neurologistas pediátricos, que fizeram o diagnóstico de uma possível virose cerebral.
Este pesadelo começou a 13 de setembro, quando Theo caiu e bateu com a cabeça. Os pais, preocupados porque o filho começou a sentir-se indisposto e a vomitar, chamaram uma ambulância. Chegada ao hospital, a criança foi submetida a alguns exames, que não detetaram qualquer lesão, e por isso foi-lhe dada alta no próprio dia.
No dia seguinte, o rapaz de dois anos acordou bastante sonolento e mole, o que fez com que a família regressasse ao hospital para ter a certeza de que estava tudo bem. O internamento aconteceu a uma sexta-feira, 15 de setembro, com o diagnóstico de gastroenterite.
Sarah não se conformou com a avaliação médica e pediu para que fossem realizados mais exames. Numa ressonância magnética foi detetada uma infeção no cerebelo, a parte posterior do cérebro. “Ele não conseguia comunicar ou mexer-se. Estava a tentar falar, mas não conseguia. Foi angustiante porque era como se ele não conseguisse formar as palavras”, contou a mãe ao “Wales Online”. Disse ainda que os médicos estão convencidos de que a queda foi uma coincidência e de que Theo pode estar a sofrer de algum vírus. “Mas três horas antes da queda ele não apresentava sinais de mal-estar e corria para dentro e para fora da piscina”, explicou Sarah.
Os pais de Theo passam agora várias horas por dia no hospital com o filho, sendo que Mali, a filha de cinco meses, fica ao cuidados dos avós maternos, que também se encontram no Algarve.
Paul e Sarah admitem só querer voltar para casa na companhia do filho, mas afirmam que as seguradoras não estão dispostas a assumir os custos. Diz ainda que não estão a tratar o caso do filho como prioritário, e que Theo precisa de uma ambulância aérea urgentemente. “Na verdade, a AXA [companhia de seguros] disse-me que se a condição dele piorar, eles poderiam avançar com uma repatriação de emergência. Mas porque não transferi-lo quando ele está estável?”, questiona a mãe.
O casal agradece a ajuda dos médicos portugueses, mas confessa que a barreira linguística não está a facilitar. Desta forma apelam à companhia de seguros que acelere o processo. Estão ainda com receio que a situação não se resolva até 1 de outubro, dia em que deixam de ter o alojamento de férias disponível e em que têm marcados os voos de regresso.