A onda de revolta que se instalou um pouco por todo o mundo, no seguimento da morte de George Floyd, também teve impacto em Portugal e foram vários os movimentos anti racismo que aconteceram na semana passada.

No entanto, os atos racistas e xenófobos também continuam a acontecer. Esta sexta-feira, 12 de junho, a escola Eça de Queiroz, nos Olivais, em Lisboa, foi vandalizada. Nas paredes desta escola podem ler-se mensagens como "Portugal é branco!", "Fora com os pretos!", "Deportação de minorias já!" ou "A Europa é branca".

Além desta escola, outras escolas como a Escola Secundária da Portela também foram vandalizadas com outras mensagens como "fartos do cheiro a catinga".

De Padre António Vieira a Cristovão Colombo. Quem foram as figuras das estátuas que estão a ser vandalizadas?
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A denúncia foi feita no Twitter por Ricardo Moreira, deputado do Bloco de Esquerda na Câmara Municipal de Lisboa, com imagens das paredes pichadas e a dizer que condena estas pinturas racistas e xenófobas. Noutro post também no Twitter, Ricardo Moreira diz ainda "racistas não passarão!".

Na Amadora, o mural de José Carvalho, militante do Partido Socialista Revolucionário, e assassinado em 1989 por um grupo de skinheads, também foi vandalizado com mensagens como "Guerra ao inimigo da minha terra" e "brevemente os nossos inimigos irão conhecer o preço do sangue".

Na conta de Twitter de Fabian Figueiredo, também do Bloco de Esquerda, foi partilhada ainda a informação de que o Centro de Acolhimento para Refugiados da Bobadela, em Loures, também teria sido vítima de vandalismo com mensagens como "Europa aos europeus", "Árabes e Pretos Fora" e "Morte aos refugiados".