Laura Pridding, 30 anos, de Wrexham, País de Gales, foi informada ainda durante a gravidez, às 15 semanas, que os dois filhos sofriam de síndrome de transfusão entre gémeos. Esta doença faz com que um dos bebés “roube” o líquido amniótico do outro.

Dos dois bebés, que partilhavam a mesma placenta, Henry recebia pouco sangue e líquido amniótico, e por isso, uma cirurgia realizada às 16 semanas de gravidez seria a melhor opção neste caso, como forma de tentar salvar os dois bebés. Assim, Laura Pridding e o companheiro Ali Davies, decidiram realizar a intervenção recomendada pelos médicos, pois sem o tratamento a laser era possível que ambos os bebés acabassem por morrer.

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“O procedimento consistia em aplicar laser em todas as artérias que os meninos partilhavam, para que ambos tivessem o seu próprio fornecimento de sangue”, disse a mãe, em entrevista ao “Daily Mail”. “Havia o risco de eu entrar em trabalho de parto ou um risco de 60% dos seus cérebros serem danificados. Mas tivemos de fazer isso, mesmo eu tendo apenas 16 semanas. Sem isso [cirurgia], poderíamos perder os dois”, revelou ainda.

Apesar da cirurgia ter corrido bem e de ter apresentado alguns resultados positivos, na consulta seguinte, passadas apenas cinco semanas, Laura e Ali receberam a pior notícia – Henry não tinha conseguido resistir. “[A médica] disse-me que um dos meus bebés não tinha batimentos cardíacos”, contou à mesma publicação.

Depois do desespero e da tristeza por que passou, a mãe teve de pensar na sobrevivência de George, o outro filho, que nasceu em janeiro deste ano, de cesariana, às 27 semanas, e pesava pouco mais do que um quilo. “George nasceu aos gritos e era tão pequeno que cabia na palma da minha mão. Ouvir aquele grito dele deu-me uma sensação de pura alegria. Chorámos de alívio”, relatou.

Ainda assim, George teve de passar por um procedimento médico que demorou cerca de duas horas, porque também tinha síndrome da banda amniótica. No caso do pequeno recém-nascido, o pé tinha ficado preso no saco amniótico, o que podia dar origem a deformações e problemas incapacitantes. Desta forma, teve de ficar no hospital durante 10 semanas após o nascimento.

George tem agora 7 meses, é saudável, feliz e considerado pela mãe como “um pequeno guerreiro”.