Mário Machado, arguido num processo de incitamento ao ódio racial e violência nas redes sociais e também num processo de posse ilegal de arma, foi dispensado das apresentações quinzenais numa esquadra de polícia para poder combater na Ucrânia. A decisão foi tomada pelo juiz do Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa, conforme avança o jornal "Expresso".

O tribunal considerou que "a situação humanitária vivida na Ucrânia e as finalidades invocadas pelo arguido para a sua pretensão (...) poderá deixar de cumprir a referida medida de coação enquanto estiver ausente no estrangeiro", cita o mesmo jornal que teve acesso à decisão sobre o neonazi indiciado pelo crime de posse de arma proibida.

Mário Machado tinha anunciado anteriormente a intenção de combater numa milícia de extrema-direita ucraniana (que, segundo o "Expresso", não é o Batalhão Azov, o grupo armado neonazi mais poderoso no país) e no início do mês o advogado, José Manuel Castro, enviou o pedido ao Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa. No documento escreveu que o arguido "mobilizou um grupo de pessoas de diversas nacionalidades que se propõe ir para a Ucrânia prestar ajuda humanitária e, se necessário, combater ao lado das tropas ucranianas".

Esse grupo é formado por oito nacionalistas liderados por Mário Machado e, segundo o jornal "Público", o partiu esta sexta-feira, 18, para a Ucrânia.

A decisão do tribunal foi criticada pela líder do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, que escreveu no Twitter que o "Ministério Público pode recorrer". "Esperamos que o faça", acrescentou.

Mário Machado já esteve preso por crimes de ódio racial, ofensa à integridade física, posse de arma ilegal, sequestro, roubo, coação e pelo envolvimento na morte do cidadão português nascido em Cabo Verde, Alcino Monteiro.

A acumulação de crimes levou a uma condenação de dez anos de prisão em 2012 e, já na cadeia, em 2016, a mais dois anos e nove meses de prisão por tentativa de extorsão agravada.

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