O desabamento do teto na linha azul do metro de Lisboa — entre a estação de São Sebastião e a Praça de Espanha — devido a “um erro” nas obras que decorrem à superfície, na Praça de Espanha, provocou na tarde desta terça-feira, 29 de setembro, quatro feridos ligeiros, “três por ansiedade e um, o segurança do metropolitano, que ao abrir o vidro rasgou um pouco do braço”, de acordo com o vereador do pelouro da Proteção Civil, Carlos Castro.

Ainda que as responsabilidades ainda estejam a ser apuradas, as obras na estrutura com cerca de 50 anos foram apontadas como a causa do incidente, de acordo com Carlos Castro, citado pelo "Correio da Manhã". “Já foi convocado o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) para fazer o levantamento dos factos”, acrescentou.

A linha azul (que une Santa Apolónia a Amadora Este) foi interrompida logo após o desabamento, mas o presidente do conselho de administração do Metropolitano de Lisboa, Vítor Domingues dos Santos, afirma que o metro não vai parar, uma vez que não é possível prever quanto tempo é necessário até que o troço esteja recuperado. “Vamos passar a operar entre a Reboleira e as Laranjeiras, e entre o Marquês de Pombal e Santa Apolónia”, disse ao mesmo jornal.

Desabamento no metro em Lisboa faz quatro feridos e provoca o pânico. Linha azul interrompida
Desabamento no metro em Lisboa faz quatro feridos e provoca o pânico. Linha azul interrompida
Ver artigo

No que diz respeito à Carris, a resposta ao fluxo de que milhares de portugueses dependem da linha azul todos os dias já foi reforçada com vários autocarros, conforme é anunciado no site da empresa. Entre estes estão o 746 que liga o Marquês de Pombal a Sete Rios, o 726 que vai do Arco do Cego à Pontinha, e ainda "outras opções alternativas ao Metro, nos dois sentidos, com um transbordo", como é o caso dos percursos entre o Colégio Militar e a Baixa ou a Pontinha e o Campo Pequeno.

Estas serão as alternativas até que as obras na Praça de Espanha, cujos trabalhos foram iniciados em janeiro, estejam concluídas no período previsto: até ao fim do ano. Contudo, o presidente do conselho de administração do Metropolitano de Lisboa refere que devido ao facto de a estrutura ser antiga, com cerca de 50 anos, “é um trabalho que vai por fases, delicado, que tem de ser feito com cuidado”, explicou.