As celebrações do Natal ainda são incertas, teremos de aguardar pela reavaliação da situação pandémica no País a cada 15 dias, mas há já uma certeza: "Devemos pensar em formas de celebrar que nos mantenham a nós, às nossas famílias e à nossa comunidade a salvo", defende um grupo de cientistas do órgão consultivo do governo britânico, o Independent Sage, que apresentou um documento intitulado de "celebrações de inverno e festividades mais seguras", divulgado pelo jornal "The Guardian".

A equipa destaca que as medidas a adotar no futuro pelos Governos vão depender das taxas e dos níveis de infeções mais próximos da época natalícia, mas considera que é possível repensar já o Natal em família. E os cientistas têm já duas propostas: fazer o Natal online ou ao ar livre. 

"O exterior é muito mais seguro do que o interior", defende a professora Susan Michie, membro do Independent Sage, uma vez que ao ar livre até é mais fácil garantir vários metros de distância. Mas Michie não se fica por aqui: "Outra [ideia] é dar apenas um passeio", sugere.

Propõe que sejam criados espaços comunitários para as pessoas se juntarem no Natal, para onde possam levar as suas próprias canecas de chá e doces natalícios, mantendo o convívio, mas com o devido distanciamento de segurança.

Além de manter a tradição num período sem precedentes, os cientistas consideram que estas seriam formas de combater a solidão, dos mais jovens aos mais idosos, numa época particular.

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Contudo, no caso de as famílias quererem manter o Natal dentro de casa, a equipa defende que devem ser dadas diretrizes por parte dos governos para que as pessoas mantenham um ambiente seguro em casa durante as festividades.

"As iniciativas podem incluir um fundo para apoiar uma ventilação adequada (semelhante ao apoio de financiamento do isolamento das casas) e um subsídio para o aquecimento (para permitir que as pessoas abram as suas janelas e se mantenham quentes)", escreve a equipa.

Sem sugestões, mas com um alerta, o cientista e membro do órgão consultivo Stephen Reicher lembra apenas: “O que significa amar os pais em tempos de pandemia? Bem, significa não os abraçar em vez de os abraçar, porque não vamos quer transmitir a infeção", finaliza.