Depois de se conhecer o novo, e principal, suspeito de estar envolvido no desaparecimento de Madeleine McCann, é o padrasto de Joana Cipriano a pedir à Polícia Judiciária e às autoridades alemãs para investigar se o mesmo homem, de nacionalidade alemã, terá estado envolvido no desaparecimento da criança. Joana desapareceu em setembro de 2004 — exatamente a oito quilómetros da Praia da Luz, no Algarve, de onde Maddie terá sido levada.
O caso captou a atenção da imprensa e Leonor e João Cipriano, mãe e tio de Joana, respetivamente, chegaram mesmo a ser condenados pelo homicídio da criança embora o corpo nunca tenha sido descoberto. Apesar disso, ambos continuam a insistir na tese de inocência. E a notícia de que Christian Brueckner é agora considerado o principal suspeito no rapto de Maddie, levou Leandro Silva, padrasto de Joana, a pôr em hipótese o envolvimento do homem no desaparecimento da enteada.
"Quando vi que era suspeito de ter raptado a Maddie, pensei logo na Joana e que ele poderia estar envolvido. O desaparecimento da minha enteada é um caso que não foi resolvido, independentemente daquilo que dizem as autoridades", revelou Leandro Silva em entrevista ao tabloide britânico "Mirror".
E reforça aquela que é uma das poucas certezas em relação ao desaparecimento de Joana: o facto de o corpo nunca ter sido encontrado. "O corpo nunca foi encontrado e sei que a Leonor nunca seria capaz de fazer mal à Joana. Era uma boa mãe. As autoridades geriram mal a investigação e, por isso, queria que fosse reaberta para que se pudesse confirmar se o alemão esteve ou não envolvido."
E continua: "Há muitas semelhanças em ambos os desaparecimentos. Sonho em saber o que aconteceu com a Joana, assim como sei que os McCann precisam de saber exatamente o que aconteceu à Maddie. Mesmo que isso signifique descobrir que elas estão mortas. Quero que seja feita justiça e sinto que ainda há muitas perguntas sem resposta."
Durante a investigação do desaparecimento de Joana, conduzida pelo inspetor Gonçalo Amaral, o mesmo que investigou o desaparecimento de Maddie, a tese apoiada pelas autoridades portuguesas foi que a mãe e o tio de Joana a terão morto por, alegadamente, esta os ter encontrado a ter relações sexuais. Embora Leonor Cipriano tenha confessado o crime, em meados de 2019, depois de sair da prisão, disse que o foi coagida pela Polícia Judiciária a assumir a culpa.