Estes são os piores países para as mulheres trabalharem. Veja em que lugar está Portugal

Mariana Coelho

9 mar 2023 15:48

Este artigo tem mais de um ano

O jornal inglês "The Economist" analisou 29 países pertencentes à OCDE para perceber quais os melhores e os piores para as mulheres em contexto laboral — e Portugal está em destaque. Espreite a lista completa.

Todos os anos, o jornal inglês "The Economist" publica aquilo a que chama de "índice de teto de vidro" (glass-ceiling index). Esta expressão, neste caso, diz respeito ao obstáculo invisível que impede as mulheres de serem bem sucedidas e promovidas no mercado de trabalho.

O mais recente relatório do jornal fundado em 1843, relativo a 2022, foi divulgado esta quarta-feira, 8 de março, para assinalar o Dia Internacional da Mulher, e vem responder à pergunta "Onde é o melhor sítio para se ser uma mulher trabalhadora?". Assim, tentam perceber em que países as mulheres conseguem melhores condições a título profissional.

Apenas são tidos em conta os países considerados ricos pertencentes à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). Constam da lista 29, entre eles Portugal. No site do jornal, é possível analisar os resultados de cada país desde 2016 e compará-los.

São utilizadas dez métricas como a desigualdade salarial entre géneros, a licença parental remunerada para mães e pais, a obtenção de educação, a taxa de participação no trabalho, as mulheres em cargos de chefia e as mulheres no parlamento.

O top é ocupado pelos países nórdicos: Islândia, Suécia, Finlândia, Noruega e, logo a seguir, Portugal. Este quinto lugar é evidenciado pelos gráficos interativos, que revelam, entre outras conclusões, que Portugal está acima da média da OCDE na educação das mulheres, que existem mais mulheres em cargos de chefia do que nunca, mas que há menos elementos do sexo feminino no parlamento.

No que toca ao papel e à influência das mulheres no trabalho, o pior país é a Coreia do Sul, classificada em último lugar e seguida do Japão, da Turquia, da Suíça e de Israel. "No Japão e na Coreia do Sul as mulheres ainda têm de escolher entre família ou carreira", escreve o jornal.