A rainha Margarida da Dinamarca, a única mulher a reinar na Europa, decidiu retirar os títulos reais aos quatro netos mais novos, alegando que quer que eles tenham "uma vida normal", sem as obrigações que teriam de ter ao longo da vida caso continuassem a ser príncipes. Mas a decisão não está a ser pacífica, sobretudo para a mãe de dois dos netos da rainha, a ex-mulher do príncipe Joaquim.
"A partir de 1 de Janeiro de 2023, os descendentes de Sua Alteza Real o Príncipe Joaquim só poderão utilizar os seus títulos de conde e condessa de Monpezat, deixando os seus títulos anteriores de príncipe e princesa da Dinamarca". A declaração do palácio real dinamarquês, conhecida esta quarta-feira, 28 de setembro, apanhou toda a gente de surpresa, e não foi nada pacífica dentro da casa real. A decisão da rainha Margarida, 82 anos, visa os quatro filhos do seu filho mais novo, o príncipe Joaquim, de 53 anos. Assim, Nikolai, Félix, Henrik e Atena, com idades entre os 10 e os 23 anos, passam apenas a ser condes e condessas e deixam de ser príncipes.
"Com a sua decisão, Sua Majestade a Rainha quer criar um quadro para que os quatro netos, em muito maior grau, possam moldar a sua própria existência sem serem limitados pelas considerações e obrigações especiais que uma afiliação formal com a Casa Real como instituição implica", explicou ainda o comunicado emitido pelo palácio. "A decisão da rainha está em consonância com mudanças semelhantes que outras casas reais têm levado a cabo nos últimos anos".
A condessa Alexandra, ex-mulher do príncipe Joaquim, e mãe de dois dos netos da rainha, não conteve a surpresa e disse-se "chocada" com a decisão. "Isto veio do nada. As crianças sentem-se excluídas", queixou-se ao diário dinamarquês "BT". "Elas não conseguem compreender porque é que a sua identidade lhes está a ser retirada".
Os outros quatro netos da rainha, filhos do príncipe herdeiro, Frederik, 54 anos, irão preservar os seus títulos de príncipes.