Apesar de Christian Brückner só se ter tornado o principal suspeito no rapto e presumível homicídio de Madeleine McCann nos últimos meses, o alemão de 43 anos terá conseguido escapar por duas vezes às autoridades portuguesas, evitando ser identificado como pedófilo.

Uma investigação divulgada este sábado, 11 de julho, pela Sky News, revelou que o alemão escondeu o seu passado pedófilo das autoridades portuguesas em duas situações: quando foi condenado por roubo de combustível em 2006, no Algarve; e em 2017, quando exibiu os seus orgãos sexuais a duas meninas num parque, um episódio que não foi registado formalmente pela polícia, relata o "Jornal de Notícias".

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Quando foi condenado pelo roubo de combustível, o alemão omitiu o registo criminal por abuso de menores no Tribunal de Portimão, referindo apenas ter sido acusado de crimes sexuais. Dado que não existia obrigação legal que obrigasse o suspeito a revelar detalhes dos crimes, caso não fosse questionado sobre os mesmos, Christian Brückner  não revelou ao juiz que a vítima era menor.

No ano seguinte a este episódio, Maddie desapareceu da Praia da Luz, numa altura em que o alemão vivia na região. No entanto, e devido a não estar registado como pedófilo, não atraiu a atenção da polícia.

Já em 2017, depois de se exibir a duas crianças num parque, as autoridades foram chamadas ao local, mas o suspeito não se identificou, estando em claro estado de embriaguez, escreve o "Jornal de Notícias", sendo deportado para a Alemanha sem qualquer acusação referente a este crime.

O alemão está preso pela violação de uma mulher em Portugal, mas também já foi condenado por abuso de menores. Em 2003, Christian Bruckner estaria na zona da Praia da Luz, a viver numa carrinha, e terá recebido uma chamada telefónica pouco antes do crime suceder.