Nos próximos anos devem surgir vários surtos de coronavírus. E temos de estar conscientes e preparados para isso. O alerta é dado por um dos maiores peritos científicos britânicos, Patrick Vallence, que reforçou esta quinta-feira, 16 de julho, numa comissão parlamentar de Ciência e Tecnologia, que medidas como o distanciamento social ou o teletrabalho devem continuar.
Vallence começou por intervir na reunião explicando que os números de infetados e de mortes no Reino Unidos não foram um bom resultado. O número de mortes da região já ultrapassou a barreira dos 45 mil. Por isso, o especialista acredita que mais do que pensar numa segunda vaga da doença, deve-se ter especial atenção ao facto de a primeira ainda não ter terminado.
Sobre as medidas de distanciamento social e de teletrabalho, o consultor científico do governo crê que elas devem continuar a existir e que não deve haver um relaxamento a fim de reativar a economia nacional. “Tudo o que fizemos foi suprimir a primeira vaga. Quando se tirarem os travões, prevemos que regresse”, sublinhou.
“Para muitas empresas, trabalhar em casa ainda é uma opção perfeitamente boa, porque é fácil de fazer. Várias empresas acreditam que não é prejudicial para a sua produtividade e, nessa situação, não vejo absolutamente nenhuma razão para mudar esta recomendação”, explicou. A juntar ao teletrabalho, Patrick Vallence aponta que as medidas de distanciamento social “são importantes”.
Apesar dos alertas, a atenção focou-se ainda mais no especialista quando previu que existe a probabilidade que este vírus regresse durante vários anos. “É bem provável que este vírus regresse em diferentes vagas durante vários anos”, alertou. Vallence acrescentou ainda que uma vacina contra a COVID-19 não estará disponível num futuro imediato.