Cinco anos depois de o mundo ter sido alertado para o aparecimento da COVID-19, ocorre um novo surto de um vírus respiratório. O metapneumovírus humano (HMPV) teve um aumento de casos nas províncias do norte da China neste inverno, principalmente entre crianças, avançou o jornal britânico "The Independent".
As autoridades locais puseram em prática as habituais medidas de higiene para conter e controlar a propagação do HMPV. No entanto, Pequim desvalorizou, considerando que é uma ocorrência normal de inverno.
Nas redes sociais, o novo vírus respiratório tem sido o assunto do momento e têm surgido vários vídeos e fotos, nas quais se pode ver cenários semelhantes à pandemia da COVID-19, com os hospitais sobrelotados.
“As infeções respiratórias tendem a atingir o seu pico durante o inverno. Os casos de doença parecem ser menos graves e propagam-se em menor escala do que no ano anterior”, explicou, na sexta-feira, 3 de janeiro, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Mao Ning, citado pelo jornal britânico.
O HMPV, que foi identificado pela primeira vez em 2001, causa sintomas semelhantes aos da gripe, como tosse, febre, congestão nasal e fadiga. Apesar de a maioria dos casos serem ligeiros, a doença pode levar a complicações graves como pneumonias, sobretudo em bebés, idosos e pessoas com sistemas imunitários fracos. Propaga-se através de gotículas respiratórias ou contacto com superfícies contaminadas.
Países vizinhos da China como Camboja e Taiwan estão a avaliar de perto a situação. O Departamento de Controlo de Doenças Transmissíveis do Camboja emitiu alertas sobre HMPV, observando a sua similaridade com a COVID-19. Na Índia, as autoridades de saúde afirmam que não há necessidade de pânico, pois o HMPV é “como qualquer outro vírus respiratório”, revelou a mesma publicação.
A Organização Mundial de Saúde não classificou a atual situação como emergência sanitária mundial e reforçou apenas os sistemas de controlo.