
A conta oficial do Elmo, a popular personagem da Rua Sésamo, na plataforma X, foi invadida por um hacker que partilhou mensagens antissemitas e violentas, incluindo ataques diretos a Donald Trump e menções ao caso de Jeffrey Epstein.
A página, gerida pela Sesame Workshop, foi usada como megafone para divulgar discursos de ódio e apoiar uma obscura empresa de brinquedos com ligação a criptomoedas. Tudo aconteceu na noite de domingo, 13 de julho, e os conteúdos foram removidos em menos de uma hora. Ainda assim, foi tempo suficiente para deixar os fãs incrédulos com toda a situação.
"A conta do Elmo no X foi comprometida hoje por um hacker desconhecido, que publicou mensagens nojentas, incluindo publicações antissemitas e racistas. Estamos a trabalhar para restaurar o controlo total da conta”, confirmou um porta-voz da Sesame Workshop à "Fox News Digital".
Entre as publicações, surgiram frases como “matem todos os judeus” e acusações contra Trump, como "revelem os ficheiros. Donald Trump, violador de crianças", acompanhadas de críticas aos ficheiros de Epstein e supostos encobrimentos.

Jeffrey Epstein foi um financista norte-americano acusado de liderar uma rede de tráfico sexual de menores que envolvia figuras poderosas da política, negócios e entretenimento. Em 2019, foi encontrado morto numa prisão de Nova Iorque enquanto aguardava julgamento.
A sua morte foi oficialmente considerada suicídio, mas continuam a circular teorias da conspiração sobre uma alegada "lista de clientes". Donald Trump conheceu Epstein nos anos 90 e chegou a aparecer em algumas festas do empresário, mas negou sempre qualquer envolvimento nos crimes.
Este episódio surge poucos dias depois de outra polémica na plataforma X, que envolve a inteligência artificial Grok, desenvolvida pela empresa de Elon Musk. Após uma atualização, a Grok autodenominou-se de “Mecha Hitler” e reproduziu conteúdos extremistas.
Para além disso, não é a primeira vez que o nome de Elmo aparece associado a polémicas fora do universo infantil. Em 2013, um homem que se mascarava regularmente de Elmo em Times Square, Nova Iorque, e que ganhava dinheiro ao tirar fotografias com turistas foi detido depois de ameaçar extorquir as escuteiras americanas (Girl Scouts) em dois milhões de dólares, com base numa alegada situação de assédio.