Os seis trabalhadores desaparecidos na sequência da queda de uma ponte em Baltimore, nos Estados Unidos, foram dados como mortos. Agora, em vez de uma missão de salvamento, as autoridades mudaram o chip e está a decorrer uma missão de busca e recuperação dos corpos, diz a ABC News.
Os desaparecidos integravam uma equipa de construção que estava a reparar buracos no pavimento da ponte. E a empresa responsável pelos trabalhadores já havia afirmado que, muito provavelmente, os operários tinham morrido, devido ao tempo passado desde o acidente e a temperatura da água.
Por isso, a Guarda Costeira, que também estava a participar nas buscas, encerrou a sua operação. De acordo com o "The New York Times", o contra-almirante Shannon Gilreath afirmou que não acredita ser possível que as pessoas ainda sejam encontradas com vida.
A queda da ponte Francis Scott Key foi provocada por um navio cargueiro, chamado Dali, que embateu num pilar da estrutura, fazendo-a desmoronar e submergir no rio Patapsco, juntamente com vários veículos. Segundo o governador do Maryland Wes Moore, a embarcação teve um problema elétrico e fez um pedido de socorro.
O acidente aconteceu por volta das 1h30 da manhã (5h30 em Portugal continental). Duas pessoas foram resgatadas com vida, de acordo com um porta-voz do corpo de bombeiros locais. Uma delas encontra-se "em estado muito grave", segundo revela a "NBC News", que acrescenta que a outra recusou tratamento hospitalar.
A ponte Francis Scott Key foi batizada em homenagem ao autor da letra do hino dos Estados Unidos. Era a maior desta cidade do estado de Maryland, contando com 2.632 metros de comprimento, e suportava a passagem de mais de 11 milhões de veículos por ano. Este gigante de aço foi um investimento de 100 milhões de euros, diz a "Executive Digest", que acrescenta que tinha celebrado há poucos dias 47 anos desde a sua inauguração.