Trabalhar em turismo não é nada de novo: existem os hotéis, os operadores turísticos e as agências de viagens. Basta chegar, dizer o destino que quer e são-lhe logo oferecidos diversos pacotes para que possa escolher. Estranho é quando essas agências de viagem propõem que os seus peluches preferidos façam uma viagem à volta do mundo – e ainda voltem com fotografias.
Esta é uma tendência que tem cada vez mais adeptos e que fez criar o negócio das agências de viagem para os seus peluches.
Em 2010, uma apaixonada por peluches e por fotografá-los em diferentes locais na cidade de Tóquio, decidiu abrir uma agência de viagens para os brinquedos. “No início as pessoas pensavam que a ideia era maluca – quem é que ia pagar por isto? Mas eu acreditava que iria fazer felizes as pessoas que não conseguiam viajar, como crianças com deficiências, pessoas idosas ou família que não tivesses posses”, explica Sonoe Azuma, criadora da Unagi Travel Agency. O nome da agência é uma homenagem a uma enguia de peluche que tinha.
Azuma leva os brinquedos aos locais mais icónicos da cidade de Tóquio, leva-os a experiências divertidas e depois tira fotografias e publica-as nas redes sociais. A agência já organizou mais de 100 viagens e tem alguns clientes repetentes. Os preços variam conforme o que é pretendido, mas o valor padrão para a cidade de Tóquio são 50 dólares (cerca de 44€).
“Faço aulas de ioga, vou a jogos de futebol, maratonas ou visito fábricas de carros, como a Mazda. Acredito que os clientes divertem-se mais com estas atividades do que ver apenas a paisagem e comer em restaurantes”, explica.
Mas Sonoe Azuma não é a única dentro deste negócio. Sabine Passelegue abriu outra agência de viagens dedicada aos peluches em França depois de ter enviado o peluche da filha para uma viagem com a agência de Azuma. Peluche Travel Agency é o nome da agência que opera em França.
Passelegue já tem mais de 50 clientes e já fez mais de 40 tours por França. Segundo a própria, os principais clientes são pessoas mais velhas que não conseguem viajar mas que pretendem conhecer o mundo de uma forma diferente. “É um prazer para mim permitir que as pessoas conheçam o meu modo de vida”, explica.
Mas há mais. Para além das agências de viagem existe também uma empresa dedicada a criar passaporte para os viajantes de peluche. A Omanimali é uma organização alemã, criada em 2013, que emite passaporte para os seus brinquedos preferidos. O primeiro passaporte de todos foi testado no aeroporto de Munique e foi um êxito. O sucesso foi tão grande que foi pedida à organização que emitisse um passaporte para um urso de peluche que estava no gabinete dos guardas federais.