Se tentar ler de trás para a frente a data de hoje, nada se vai alterar. Ao fenómeno numérico dá-se o nome de palíndromo — ou capicua —, isto é, combinações numéricas ou de palavras que se leem da mesma forma da esquerda para a direita e da direita para a esquerda. Por exemplo, Ana, arara ou ovo são palavras que lidas da direita para a esquerda mantêm-se iguais. É exatamente aquilo que acontece no dia de oito que assinamos hoje: 02.02.2020.

É uma capicua perfeita e rara. É mais especial do que pensa: é que provavelmente não tornará a vivenciar nenhuma deste género — a próxima só acontecerá a 3 de março de 3030. 

Aziz Inan, professor de engenharia da Universidade de Portland, nos Estados Unidos, tem um fascínio especial pelos palíndromos e coleciona-os, como conta o "The Washington Post". No seu site, ele tem um registo de capicuas que que vão desde o século XIX ao XXIII. Desde 2 de novembro de 2011 — data que também é um palíndromo — que está à espera deste domingo, precisamente por ser tão especial.

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Esta capicua é única por vários motivos. Primeiro, porque funciona tanto para o sistema de datas europeu como para o americano — ou seja, independentemente de vir o mês, o dia ou o ano primeiro, lê-se sempre da mesma forma da direita para a esquerda e da esquerda para a direita. 

Depois, por ser tão rara: a última vez que ocorreu uma capicua igual foi a 11.11.1111. A próxima será a 12.12.2121 e, depois, a 3.3.3030.

Para terminar, mais um fenómeno numérico deste domingo: o palíndromo deste 2 de fevereiro acontece no 33.º dia do ano — que tem mais 333 dias pela frente.

É oficial, hoje é o dia com mais capicuas de sempre.