O caso está a preocupar turistas e autoridades. Em 13 meses foram nove os turistas que morreram de forma repentina e inesperada enquanto passavam férias na República Dominicana. Três deles terão morrido por insuficiência cardíaca sem nunca terem tido um historial médico que pudessem prever um desfecho destes. Como consequência, o FBI está desde junho a conduzir investigações no país e já há suspeitas.
O FBI pediu análises às bebidas e o relatório de toxicologia deve ser conhecido ainda em julho. Suspeita-se que a explicação para as mortes esteja nas bebidas contrafeitas colocadas nos minibares do quarto ou vendidas nos bares dos hotéis.
É que, segundo a revista "The Cut", vários dos hóspedes norte-americanos foram encontrados sem vida nos seus quartos depois de terem bebido bebidas do minibar disponibilizado pelo hotel.
Apesar de as bebidas contrafeitas não serem comuns em países como os Estados Unidos, devido à forte regulação a que se assiste no país, a verdade é que é um problema noutras partes do mundo.
Segundo a revista "Travel and Leisure", no início de 2019 registaram-se pelo menos 154 mortes na Índia e outras 100 pessoas foram hospitalizadas depois de consumir álcool que tinha sido produzido com metanol ou outros pesticidas.
"Todo o álcool contrafeito é produzido de forma rápida e barata através de processos de destilação perigosos, como a adição de uma mistura composta por água e metanol. Esta substância pode causar cegueira, danos no fígado ou, em casos extremos, a morte", escreve a mesma publicação.
Apesar das várias mortes na região, a República Dominicana já desconstruiu e refutou a ideia de que é perigoso visitar o país. "Somos um modelo para o turismo global. Estamos a falar de nove pessoas, mas há países onde o número de mortes de norte-americanos é dez vezes superior ao nosso. Ainda assim, todos os olhos estão postos em nós", lamentou um porta-voz responsável pelo turismo.