Um tiroteio na terça-feira, 2 de abril, numa escola em Vantaa, cidade finlandesa, resultou na morte de uma criança de 12 anos e em dois feridos da mesma idade. O alerta foi dado por volta das 9 horas da manhã, de acordo com o canal de televisão finlandês Yle, e sabe-se que o autor dos disparos foi uma criança da mesma idade, que acabou por ser detida mais tarde, a cerca de cinco quilómetros da escola.

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A criança terá usado uma arma legal, propriedade de um familiar. O tiroteio fez com que todas as escolas e creches da região fossem obrigadas a fechar com todos os professores e alunos lá dentro, reabrindo três horas depois. Segundo a mesma fonte de informação, o autor dos disparos é um rapaz, e a criança que morreu era também do sexo masculino. As duas crianças feridas são duas meninas, que ainda se encontram hospitalizadas. 

Sabe-se agora que o motivo para o tiroteio pode ter que ver com o bullying. A polícia finlandesa disse na terça-feira que tinha uma ideia preliminar do motivo para os disparos, segundo a Yle, mas que, como a investigação ainda estava a decorrer, não podiam confirmar nada. No entanto, acredita-se ser esse o motivo.

Além disso, o chefe de investigação, Marko Särkkä, não comentou sobre se o suspeito escolheu deliberadamente a vítima, já que esta podia ser quem praticava o bullying. No entanto, também não descartou a hipótese. "Este é também um entendimento preliminar, mas para garantir a investigação, não posso falar sobre o assunto", disse o comissário ao jornal finlandês "Ilta Sanomat". Ilkka Koskimäk , chefe de polícia do Departamento de Eastern Uusimaa, disse à MTV que a investigação revelou alguns factos que apontam para o planeamento do ato.

De acordo com a lei finlandesa, devido à idade, o autor do tiroteio não pode ser responsabilizado pelos crimes cometidos, que estão a ser investigados pelas autoridades como um homicídio e duas tentativas de homicídio. A responsabilidade criminal só é atribuída a alguém com 15 anos de idade, pelo que uma criança de 12 anos apenas pode ser detida por um período máximo de 24 horas. Depois disso, a criança tem de ser libertada.

Ainda assim, uma criança que ainda não tenha 15 anos mas que tenha cometido algum crime pode ser considerada responsável por danos, segundo Tatu Hyttinen, professor assistente da Universidade de Turku, citado pela Yle. É possível que as vítimas do tiroteio e os seus familiares exijam uma indemnização em tribunal, tanto por danos morais como por sofrimento.