O caso de Olivia Pratt-Korbel remonta a agosto deste ano, quando a menina morreu na noite de dia 22, depois de ter sido baleada no peito por um homem que entrou na casa onde estava com a mãe. O crime aconteceu num bairro em Liverpool, Reino Unido, enquanto o criminoso perseguia outra pessoa, revela o "Daily Mail". A mãe da criança de 9 anos, Cheryl Korbel, de 46, também foi atingida, mas sobreviveu com apenas ferimentos ligeiros no pulso.

Tudo aconteceu porque barulhos vindos do exterior da casa despertaram a atenção de Cheryl Korbel. A mãe de Olivia abriu a porta e foi nesse momento que um homem de 35 anos, Joseph Nee, que estaria a tentar escapar de outro, forçou a entrada. Sem tempo de reação suficiente para trancar a porta, Cheryl não conseguiu impedir o segundo homem de fazer o mesmo – e foi nessa altura que aconteceu o tiroteio fatal para a criança.

Homem corta pescoço à mulher com uma garrafa no meio de rua de Odivelas. Há vídeos do crime na net
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Olivia, ainda viva, foi transportada para o hospital pediátrico Alder Hey. Tinha alguns ferimentos no tórax, que acabaram por culminar na sua morte. Joseph Nee, também baleado, foi levado para o hospital pelos amigos num veículo privado, entretanto apreendido pelas autoridades.

Nenhum dos dois homens tem qualquer ligação à família de Olivia, mas o autor do crime está desaparecido. A polícia também já deteve nove pessoas ligadas ao homicídio, mas, até agora, ninguém foi formalmente acusado, segundo a "BBC News"

É por isso que a Crimestoppers, uma instituição de solidariedade do Reino Unido, está a oferecer uma recompensa de 200.000 libras (o equivalente a 229.440€) por informações que levem à condenação do responsável pelo homicídio. Se o valor da recompensa é este, é porque foi crescendo de forma proporcional à vontade de encontrar o paradeiro do assassino. Inicialmente nas 50.000 libras, a recompensa aumentou para o dobro, depois de Lord Ashcroft, o fundador da Crimestoppers, ter doado esse valor para igualar uma doação anónima de 100.000 libras. É a maior oferta na história da instituição.

Além disso, as autoridades revelaram ter identificado as duas armas transportadas pelo homicida, que já haviam sido utilizadas em crimes anteriores, e pediram ajuda para descobrir o local em que se encontram escondidas. “Claramente o atirador não quer que encontremos essas armas, porque podem ligá-lo de volta a ele e ao assassinato de Olivia. Este homem é totalmente tóxico para as nossas comunidades", afirmou o superintendente-chefe de Merseyside, Mark Kameen, citado pelo "Daily Mail".

O funeral de Olivia ocorreu na passada quinta-feira, dia 15 de setembro, na igreja de Saint Margaret Mary, em Dovecot, Liverpool, a poucas metros do local do crime. Às pessoas que marcaram presença foi pedido que usassem alguma peça cor-de-rosa, em homenagem à menina.

Foi uma cerimónia privada (dentro dos possíveis), que serviu para a Cheryl Korbel falar da filha e da forma como ela "tocou o coração de tantas pessoas e foi amada e adorada por todos", avança a "BBC News". "Eu nunca vou dizer adeus. O que vou dizer é boa noite, amo-te, vemo-nos de manhã", acrescentou, citada pela mesma publicação.