Esta quinta-feira, 22 de fevereiro, um edifício residencial com 14 andares na cidade espanhola de Valência ficou completamente destruído pelas chamas. Do incêndio resultaram mortos, feridos e ainda há pessoas desaparecidas, das quais uma criança menor de 2 anos e um recém-nascido de duas semanas são exemplo, diz o "El Mundo".
Em apenas 30 minutos, as chamas, que deflagraram no quarto andar, consumiram toda a infraestrutura. Neste complexo habitacional, que era constituído por dois edifícios contíguos, um com 14 andares e outro com 10, com uma torre que fazia a ligação entre os dois, havia 138 apartamentos e cerca de 500 moradores.
Veja o vídeo.
Segundo vários relatos de moradores e proprietários, o edifício é bastante recente e foi construído entre 2008 e 2010, diz o "Jornal de Notícias". Agora, como se podem ver nas imagens transmitidas pelas televisões e também naquelas que circulam pelas redes sociais, só resta o esqueleto do prédio.
Mas afinal, o que é que se passou para haver um incêndio? Quantos feridos houve? E mortos? O que aconteceu aos moradores do prédio? As operações ainda continuam a decorrer? Nós contamos-lhe tudo – mas vamos por partes.
Causas do incêndio continuam por apurar
Por enquanto, ainda não foi avançada a possível causa do incêndio. Sabe-se apenas que terá começado no quarto andar do prédio e que se alastrou para as outras áreas muito rapidamente. O vento forte que se fazia sentir em Valência não ajudou, tendo sido responsável por fazer com que as chamas se alastrassem de forma veloz.
Contudo, de acordo com o jornal valenciano "Las Províncias" e várias testemunhas, já há uma hipótese a circular. É que diz-se que o prédio foi construído com recurso a poliuretano, que é um material altamente inflamável. Além disso, a publicação avança que a falta de medidas de combate a incêndios da infraestrutura também podem ter importância no caso.
Número de vítimas continua em aberto
Pelo menos quatro mortos e 15 feridos é o mais recente balanço deste incêndio. Entre os feridos há nove homens, com idades compreendidas entre os 25 e os 57, quatro mulheres, entre os 27 e os 81 anos, e há ainda uma criança de sete anos. Sete dos feridos são bombeiros, mas nenhum corre perigo de vida, diz a CNN Portugal.
As quatro vítimas mortais foram detetadas por um drone dos bombeiros numa varanda e no interior de um apartamento. Até ao momento, há também 19 desaparecidos, nomeadamente uma criança menor de dois anos e um recém-nascido de duas semanas. Os moradores do prédio foram realojados em hotéis, avança o "Observador".
Operações continuam a decorrer
No final da noite de quinta-feira, 22 de fevereiro, os bombeiros de Valência conseguiram extinguir as chamas por completo, depois de o alerta ter sido dado por volta das 17h30. Agora, estão empenhados no arrefecimento do edifício, porque só depois de este ficar a uma temperatura aceitável é que poderão aceder ao interior do mesmo.
Ao que tudo indica, o início da operação pode ainda demorar várias horas. Entretanto, as autoridades decretaram três dias de luto na Comunidade Valenciana.