Depois de dias de muita especulação, eis o veredito final: os destroços encontrados no fundo do mar pertencem ao Titan, o submersível perdido no fundo do Oceano Atlântico, onde mergulhou segunda-feira, 19 de junho, de madrugada com cinco pessoas a bordo. Os familiares dos tripulantes já foram avisados do desfecho trágico e a confirmação chegou através da conferência da Guarda Costeira norte-americana, que começou às 20 horas, hora de Portugal continental.

Na terça-feira e na quarta-feira, 20 e 21 de junho, respetivamente, pensou-se que este não viesse a ser o fim da história. Um dos maiores sinais de esperança foi detetado por um avião com uma sonda sonora, que estava a sobrevoar a baixa altitude a zona onde o Titan desapareceu. O aparelho detetou de pancadas com uma cadência de 30 minutos, que se achavam ser sinal de um tripulante do submarino, como forma de revelar que existia vida a bordo.

Por isso, as autoridades dos Estados Unidos e do Canadá continuaram com as operações de resgate deste submersível, que realizava uma missão de exploração aos destroços do navio Titanic.

Esta quinta-feira, 22, foi descoberto um campo de destroços na área de buscas do Titanic – e um perito, citado pela "Sky News" e pela "BBC", indicou que estes pertencem ao Titan, informação agora confirmada pelas autoridades americanas. Os destroços foram detetados pelo veículo de operação remota (ROV) do navio canadiano Horizon Arctic, encontrando-os, posteriormente, perto da proa do Titanic.

Em causa está a parte traseira do submersível e a câmara de despressurização. O veículo terá implodido num dos dias da operação, que as autoridades ainda não conseguiram confirmar. Ainda assim, vão continuar a tentar descobrir mais sobre os contornos deste caso.

Os passageiros, agora conhecidos por Titan Five (os Cinco do Titan), são o bilionário britânico Hamish Harding, o diretor executivo da OceanGate, Stockton Rush, responsável pela empresa que leva a cabo estas expedições às profundezas do mar, o veterano da marinha francesa PH Nargeolet e o empresário paquistanês Shahzada Dawood, que viajava com o filho de 19 anos, Suleman Dawood.