É uma das mudanças significativas a afetar a indústria cinematográfica devido à pandemia de COVID-19. A partir de agora, os filmes que se estrearem exclusivamente em streaming vão poder ser considerados elegíveis para concorrer aos Óscares, a gala de maior prestígio de Hollywood. Mas, e como não podia deixar de ser, há uma condição: só vão poder ser considerados os filmes que, inicialmente, tivessem prevista a estreia comercial.
O anúncio foi feito esta terça-feira, 28 de abril, como forma de minimizar os estragos que o novo coronavírus provocou na indústria de cinema um pouco por todo o mundo. Com as salas de cinema fechadas e as estreias adiadas ou antecipadas, a única forma de os espectadores terem acesso a determinados filmes foi através do streaming.
Por isso mesmo, a Academia de Hollywood já fez saber que todos os filmes que não tiverem tido a oportunidade de se estrear em sala poderão, ainda assim, ser considerados para os Óscares.
Mas é importante que, pré-pandemia, a intenção dos estúdios de cinema fosse estrear o filme em circuito comercial. Caso contrário, e se se tratar de uma produção exclusiva a uma das várias plataformas de streaming pelo mundo, a nova regra não se aplica.
A nova regra terá sido alterada para contemplar já a próxima cerimónia dos Óscares, escreve a revista "Variety". Mas está em cima da mesa a possibilidade de a Academia mudar as condições assim que os cinemas começarem a reabrir no regresso a uma nova normalidade.
A 93.ª edição da entrega dos Óscares deverá acontecer a 28 de fevereiro de 2021. Mas ainda não se sabe de que forma é que a gala vai decorrer, se com público ou sem — para respeitar as medidas de distanciamento social com o objetivo de evitar novos casos de contágio.