Os três antigos polícias que assistiram ao momento em que George Floyd, de 46 anos, era asfixiado pelo ex-agente Derek Chauvin, que pressionou o joelho sob o pescoço do afro-americano em 2020, foram esta quinta-feira, 25 de fevereiro, condenados pela violação dos direitos civis de Floyd. Os ex-agentes vão permanecem em liberdade sob fiança até ao dia da sentença, avança o jornal "The Guardian".
Os antigos polícias — Tou Thao, J Alexander Kueng e Thomas Lane — nada fizeram para evitar que George Floyd acabasse por morrer nas mãos de Derek Chauvin, o ex-agente que em abril de 2021 foi considerado culpado das três acusações de homicídio pelo júri do tribunal de Mineápolis. O tribunal considerou até que os três agentes mostraram “indiferença deliberada” no momento em que tudo acontecia.
A condenação por violação de direitos civis federais que resulte em morte pode ser punível com prisão perpétua ou mesmo de morte, embora, segundo o jornal britânico, essas sentenças nãos sejam comuns. Os três ex-agentes vão ter de esperar para saber a sentença no julgamento marcado para junho, e que decorrerá em separado, para saber a deliberação sobre as várias acusações: ajuda e instigação do assassinato e homicídio culposo.
Durante o período de um mês em que decorreu o julgamento dos ex-polícias, os procuradores tentaram mostrar que mesmo uma pessoa sem conhecimento sobre suporte básico de vida, o que não era o caso dos agentes, poderia ter percebido que Floyd precisava de ajuda e intervindo.
Recorde-se que George Floyd morreu a 25 de maio de 2020, em Minneapolis, depois de o polícia norte-americano Derek Chauvin ter-lhe pressionado o pescoço com o joelho durante cerca de 9 minutos e meio, mesmo enquanto o afro-americano repetia a frase (mais de 20 vezes) que marcou o acontecimento: "I can't breathe" ("Não consigo respeitar", em português).